O Senado aprovou nesta terça-feira (10) a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal decretada no domingo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após os ataques de vândalos apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro contra as sedes dos Três Poderes.
O decreto foi aprovado em votação simbólica, mas oito senadores registraram voto contrário, incluindo o senador amazonense Plínio Valério (PSDB-AM) e ainda o filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Contra votaram também Carlos Portinho (PL-RJ), Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Carlos Viana (PL-MG), Eduardo Girão (Podemos-RN), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Zequinha Marinho (PL-PA).
Na justificativa de seu voto, Flávio Bolsonaro afirmou que considera “muito cedo” para atribuir as responsabilidades da falha de segurança pública no DF. O senador também disse desconfiar da presença de “infiltrados” nas manifestações e não “conhece” o interventor, Roberto Cappelli, para que ele “possa identificar esses infiltrados” e responsabilizá-los caso “pertençam a partidos de esquerda”.
A medida já havia sido aprovada na segunda pela Câmara dos Deputados. Pela Constituição, uma intervenção federal precisa ser referendada pelo Congresso Nacional.