O senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) criticou duramente a manipulação de decisões judiciais que estão travando o projeto de extração de potássio em Autazes pela Potássio do Brasil.

“Um gigante manipula a caneta das decisões e acaba com o país. Um país com um agronegócio tão forte como o Brasil tem que importar 95% do potássio que precisa”, afirmou Marinho em audiência na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado no início dessa semana.

O senador também criticou a tabelinha entre agentes do Estado e parte da imprensa para produzir falsos escândalos e impactar a opinião pública.

“Esse pessoal é bom de narrativa, monta do jeitinho que quer, vende para imprensa, fala para todo mundo, põe nos processos, mas a verdade é outra, né? O juiz precisa ter juízo, pois é uma tragédia um juiz que não tem juízo”, advertiu Marinho.

Recentemente, a juíza federal Jaíza Fraxe atendeu pedido do procurador Fernando Merloto e determinou a suspensão do licenciamento do projeto Autazes com o argumento de que a Potássio do Brasil teria oferecido favores a indígenas para convencê-los a apoiar a extração de potássio.

Na mesma audiência, o senador Jaime Bagattoli (PL-RO), que é produtor rural, destacou a importância da extração do potássio o Brasil.

“O povo indígena quer ter uma qualidade de vida melhor. Vai ter os royalties. Vai beneficiar a produção brasileira, além de diminuir a fome brasileira, diminuir a fome do mundo. Nós temos todo esse potencial e não temos o direito da exploração?”, questionou.

O senador Laércio Oliveira (PP-SE), autor do Projeto de Lei que cria o Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes (Profert), falou do compromisso dos senadores com a situação da exploração do potássio no Amazonas, e da contribuição da produção do fertilizante para o desenvolvimento do país.

“O que nós buscamos, o que o Brasil deseja é o desenvolvimento pleno. Acima de governo existe o povo brasileiro. Existe um desejo do mundo todo em investir aqui no país. A gente precisa tirar o Brasil da dependência. A gente precisa da soberania nacional do Brasil”, disse Oliveira.

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