O assassinato de Genilda Maria da Conceição, ocorrido em 2019, no bairro Chã da Jaqueira, parte alta de Maceió (AL), teve uma reviravolta. Um homem chegou a ser preso na época como o principal suspeito, mas, seis anos depois, a Polícia Civil aponta novo responsável: Albino Santos de Lima, conhecido como o serial killer alagoano, acusado de 10 homicídios na parte baixa da capital e investigado por outros oito na parte alta.

Genilda, então com 75 anos, foi morta em fevereiro de 2019, quando saía de casa. O crime ocorreu na frente do neto da vítima, que à época tinha 10 anos.

Em 2020, Antônio Guilherme dos Santos e seus dois irmãos foram presos sob acusação de envolvimento no assassinato. Segundo a defesa dele, a denúncia se baseava no retrato falado elaborado a partir do depoimento da criança e em relatos anônimos.

Nova investigação e descoberta do serial killer

Em setembro de 2024 Albino Lima foi preso sob a acusação de cometer ao menos 10 homicídios na região do Vergel do Lago, parte baixa de Maceió. Durante a investigação, peritos analisaram o celular do suspeito e encontraram um calendário com anotações detalhadas das datas e nomes de suas vítimas.

Além dos crimes já conhecidos, a polícia descobriu registros de mais oito assassinatos na parte alta da cidade, nos bairros Jardim Petrópolis e Chã da Jaqueira. Entre as vítimas listadas, estava o nome de Genilda Maria da Conceição e sua idade, 75 anos, reforçando a possibilidade de que o crime tenha sido cometido pelo serial killer.

Diante das novas evidências, a Polícia Civil reabriu as investigações dos oito assassinatos na parte alta da capital.

A defesa de Antônio Guilherme e seus irmãos alega que a prisão foi baseada em provas frágeis e que as novas descobertas comprovam sua inocência.

“Iniciaram as investigações e, ao final, eles concluíram, a partir dos elementos que eles levantaram na época que, ao menos, oito homicídios tinham sido praticados por esses irmãos, o que resultou em ao menos seis processos. Eles responderam não só pelo homicídio da Genilda Maria da Conceição e o único elemento probatório que existia na época era o testemunho ocular de um neto da vítima. E a partir dali foi realizada uma confecção de um retrato falado e todo o desenrolar dessa investigação que resultou nesses processo criminais se deu a partir de denúncias anônimas. E foram suficientes para que eles ficassem presos ao menos por quase três anos”, afirmou o advogado de defesa de Antônio Guilherme, Arnon Mello.

Ele explica que exames de microcomparação balística ligam a arma apreendida com Albino Lima a diversos crimes investigados. Além disso, dados telefônicos apontam a presença do serial killer na cena dos assassinatos, reforçando que os irmãos podem ter sido acusados injustamente.

A defesa já impetrou um habeas corpus pedindo o trancamento da ação penal. Segundo o advogado, Antônio Guilherme e seus irmãos já foram absolvidos em quatro processos, mas não foram concluídas as investigações das mortes de Maria da Conceição e de Alisson Santos da Silva. As informações são de Gazetaweb.

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