A Polícia Federal (PF) pediu a 23ª Vara Federal de Curitiba o sequestro de R$ 910 milhões em espécie e 17 imóveis que pertencem ao empresário Francisley Valdevino da Silva, conhecido como Sheik dos Bitcoins. O império financeiro do operador foi erguido graças a um negócio multimilionário de lavagem de dinheiro, a partir de um esquema de pirâmide de investimentos em criptoativos. Com informações de coluna Na Mira, do site Metrópoles.
Apenas uma das mansões do sheik, construída em Santa Catarina, é avaliada em R$ 64,5 milhões. Na mesa de trabalho usada pelo investigado, policiais federais apreenderam R$ 166,5 mil, US$ 6,45 mil, além de 840 pesos mexicanos. O investigado é o principal alvo da Operação Poyais, deflagrada pela PF na manhã desta quinta-feira (6/10).
O suspeito teria cometido crimes contra a economia popular e o sistema financeiro brasileiro, como estelionato e lavagem transnacional de dinheiro, além de ter movimentado ao menos R$ 4 bilhões. Com sete andares, a mansão tem 17 suítes com ar-condicionado, duas suítes presidenciais, sala de cinema para 15 pessoas, quatro salas de jantar – uma delas para 48 pessoas –, duas adegas, spa e elevador.
Casa anunciada pelo sheik
Sauna e jacuzzi
Na parte externa, o imóvel tem uma quadra poliesportiva, paredão rochoso de 16 metros com equipamentos de escalada, garagem coberta para 12 carros, sauna, jacuzzi com vista panorâmica e heliponto. A residência, no Condomínio Recanto dos Mares, a 50 km de Florianópolis, chegou a ser anunciada para venda.
Ao jornal O Globo, o advogado Antônio Goto, que representa a rede de vendedores das operações comandadas por Francis, afirmou que a venda da casa serviria para custear a recuperação do negócio e a quitação das dívidas com os investidores. No entanto, reforçou ser necessária a suspensão dos bloqueios judiciais antes disso e que Francis da Silva ainda não terminou de pagar o imóvel.
Uma certidão obtida pelo jornal carioca mostra que a propriedade está em nome da Two Inergalaxy Administradora de Imóveis, empresa do grupo do Sheik dos Bitcoins. O documento revela que a casa foi comprada por R$ 13 milhões, em outubro de 2020.
Investigação
As investigações começaram em março de 2022, depois de a Interpol enviar informações e uma solicitação passiva de cooperação policial internacional da Homeland Security Investigations (HSI), vinculada a um dos departamentos da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília.
Em janeiro de 2022, a Interpol informou à PF que uma empresa internacional com atuação nos EUA e o principal gerenciador dela, Francisley Valdevino da Silva, eram investigados pela Força Tarefa de El Dorado, a El Dorado Task Force, da HSI de Nova Iorque.
Silva teria envolvimento com uma conspiração multimilionária de lavagem de dinheiro, a partir de um esquema de pirâmide de investimentos em criptoativos.
Diante das informações e do pedido de cooperação policial internacional, as investigações começaram em Curitiba. Apurações iniciais revelaram que o brasileiro tinha mais de 100 empresas abertas no país e que o grupo empresarial dele estaria lesando investidores nacionais e do exterior.
Durante as buscas realizadas nesta quinta-feira, os policiais apreenderam carros de luxo, grande quantidade de dinheiro em espécie, barras de ouro, cofres, itens importados de vestuário, além de computadores e documentos.
Veja os bens do investigado e itens apreendidos na operação:
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Policiais encontraram urna de ouro em um dos imóveis do investigado
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Mansões contavam com academia
aquario
Um dos imóveis é avaliado em R$ 64 milhões
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Investigado também ostentava carros de luxo
carro1
casa
cofre
Cofres e malas encontrados pelos policiais
dinheiro
Dinheiro em espécie encontrado durante operação
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espada
Espada samurai apreendida durante operação
ouro
piano
Imóvel do suspeito tinha piano de cauda
piscina
Um dos imóveis de Francis da Silva
placa
Na casa de Francis, havia mensagens bíblicas na parede
relogio
Relógios apreendidos
relogio3
relogio4
tenis
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Suspeito tinha coleção de tênis de marca
tenis3
Imovel também contava com adegas
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urna
Policiais encontraram urna de ouro em um dos imóveis do investigado
academia
Mansões contavam com academia