A crise gerada pela paralisação governamental nos Estados Unidos, que neste sábado (8) completou 39 dias, impacta diretamente o tráfego aéreo do país. O número de voos cancelados nos 40 maiores aeroportos norte-americanos saltou para 1,5 mil até o fim do dia, somando-se aos 6,2 mil voos que registraram atrasos.
A redução do tráfego aéreo teve início na sexta-feira (7), com 800 cancelamentos, quando a Administração Federal de Aviação (FAA) decretou a paralisação de 4% das operações. Caso o impasse político persista, a previsão é que os cancelamentos aumentem, com uma redução de 10% nas operações aéreas até a próxima sexta-feira (14). Grandes companhias como Delta, United Airlines, American Airlines e Southwest Airlines já realizaram cancelamentos preventivos.
Entenda a Crise: Shutdown e suas Consequências
A paralisação governamental é resultado do impasse entre o presidente e o Congresso, que não aprovaram o orçamento federal. Isso levou à redução das equipes de controle de tráfego aéreo e à suspensão de salários de mais de um milhão de servidores federais. A Casa Branca afirma que a medida de redução do tráfego aéreo é preventiva, visando garantir a segurança diante de relatos de fadiga entre controladores de voo.
O shutdown afeta milhões de cidadãos, programas federais e ameaça a economia global. Apesar de uma lei prever o pagamento retroativo dos salários após o fim da paralisação, o governo ainda não confirmou sua aplicação nesta crise, deixando muitos servidores em incerteza financeira. Trabalhadores terceirizados, sem essa garantia, enfrentam uma situação ainda mais delicada.
A crise começou em 1º de outubro, após o Congresso falhar na aprovação do orçamento. Em 10 de outubro, o presidente chegou a declarar a intenção de “demitir muitos” servidores que, segundo ele, estariam alinhados ao Partido Democrata, apesar de uma decisão judicial que suspendeu novas demissões. O governo manteve o plano, indicando que os desligamentos poderiam atingir até 10 mil funcionários.
Com informações de Metrópoles
