
O deputado Silas Câmara (Republicanos-AM) foi citado nesta segunda-feira, 11, pelo Metrópoles, entre os 15 parlamentares que que mais pediram reembolso médico desde 2023.
No total, Silas teria solicitado R$ 268.992,55, assumindo a nova posição do ranking dos 15 mais.
As informações foram obtidas pelo site por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), que mostra que dos 305 dos 513 parlamentares solicitaram reembolso médico à Câmara dos Deputados
De acordo com o site, apesar de terem acesso a planos de saúde de alto nível e a uma ampla rede hospitalar privada, os deputados federais têm solicitado uma série de pedidos de reembolsos de despesas médicas que já somam R$ 11,5 milhões desde o início da atual legislatura, em 2023.
Veja o ranking
- Paulo Folletto (PSB-ES): R$ 600.807,12
- Luiz Carlos Motta (PL-SP): R$ 391.019,72
- Luciano Bivar (União-PE): R$ 366.400,00
- Amália Barros (PL-MT) [não está em exercício]: R$ 338.087,69
- Arnaldo Jardim (Cidadania-SP): R$ 324.066,92
- Junio Amaral (PL-MG): R$ 286.085,77
- Cláudio Cajado (PP-BA): R$ 282.482,92
- Elcione Barbalho (MDB-PA): R$ 277.264,65
- Silas Câmara (Republicanos-AM): R$ 268.992,55
- Marx Beltrão (PP-AL): R$ 257.920,22
- Benedita da Silva (PT-RJ): R$ 237.500,00
- Carlos Sampaio (PSD-SP): R$ 227.571,58
- Toninho Wandscheer (PP-PR): R$ 220.000,00
- Carla Zambelli (PL-SP) [não está em exercício]: R$ 196.169,23
- Vander Loubet (PT-MS): R$ 191.167,47
O número 1 do ranking de reembolsos é o deputado Paulo Folletto (PSB-ES), com R$ 600,8 mil. Em 2023, o parlamentar passou por uma cirurgia e, no ano passado, afastou-se do mandato por 90 dias para fazer um tratamento quimioterápico nos Estados Unidos.
Em 2016, Folletto foi diagnosticado com uma lesão na medula. O deputado, entretanto, não retornou o contato do Metrópoles para especificar os valores reembolsados pela Câmara.
O atual presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), também consta no levantamento: na 58ª posição. Nesta legislatura, o parlamentar já pegou R$ 48,8 mil em reembolsos médicos. Contatado pelo Metrópoles, ele não se manifestou.
Duas parlamentares que não estão mais em exercício aparecem na lista. Entre elas, com o quarto maior custeio em reembolsos médicos pela Câmara na legislatura, Amália Barros morreu em maio de 2024, após passar por uma retirada de um nódulo no pâncreas.
Por sua vez, Carla Zambelli (14ª) foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por crimes como falsidade ideológica e invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão judicial motivou a fuga do Brasil rumo à Itália, onde ela foi presa em julho deste ano. Atualmente, a bolsonarista enfrenta um processo de cassação na Câmara.
Procurados pelo Metrópoles, a maioria dos deputados escolheu não se pronunciar sobre os reembolsos médicos. Além disso, dentre os que se manifestaram, quase a totalidade deles não detalhou os serviços médicos que foram arcados com dinheiro público.










