Os serviços de inteligência das forças de segurança do Distrito Federal, do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e de outras instituições estão em alerta máximo para a virada do ano. Uma operação conjunta foi deflagrada para proteger Brasília após a identificação de ameaças terroristas propagadas por extremistas nas redes sociais, informa a revista Veja. A iniciativa busca prevenir possíveis ataques contra as sedes dos poderes da República.
A operação ganhou urgência após a prisão, neste domingo (29), de um homem na Bahia acusado de planejar um atentado na capital federal. O suspeito fazia parte de um grupo monitorado pelas forças de segurança, que intensificaram os esforços diante de discursos violentos semelhantes aos do homem que tentou explodir bombas caseiras no STF em novembro deste ano.
Gabinete de segurança e reforço operacional – Diante das ameaças, as autoridades instituíram um gabinete de coordenação para liderar a operação, que teve início no dia 28 de dezembro e se estenderá até 12 de janeiro. A escolha do período não é aleatória: além da movimentação típica das festas de fim de ano, a data coincide com o marco de dois anos dos ataques de 8 de janeiro, que representaram um dos momentos mais graves contra a democracia brasileira.
O esquema conta com reforço no patrulhamento das ruas de Brasília e nas proximidades dos edifícios do Congresso Nacional e do STF. As forças de segurança estão em alerta para comportamentos suspeitos e buscam neutralizar rapidamente qualquer tentativa de ação violenta.
Histórico de ameaças – As recentes tentativas de atentado revelam a permanência de ameaças à estabilidade institucional no Brasil. Além do caso do homem preso na Bahia, outros indivíduos e grupos estão sob vigilância por compartilhar conteúdos que incitam violência contra os poderes. O episódio de novembro, em que um radical morreu ao tentar explodir artefatos caseiros no STF, levantou novos alertas sobre o risco de ações isoladas com grande potencial destrutivo.