
Nesta terça-feira (30), três pacientes vítimas do acidente com a embarcação “M Monteiro”, ocorrido em Uarini, a 565 quilômetros de Manaus, foram transferidos para a capital amazonense. Entre os transferidos estão duas mulheres e uma criança. Outros sete pacientes permanecem internados na unidade hospitalar da cidade, enquanto um foi encaminhado para o município de Tonantins.
De acordo com o relatório do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), o acidente resultou em quatro óbitos confirmados, e quatro pessoas ainda estão desaparecidas. Até o momento, 172 pessoas que estavam na embarcação receberam alta e foram encaminhadas para duas escolas do município, onde estão sendo abrigadas e recebendo suporte das autoridades locais.
Para reforçar os trabalhos no município, servidores da Secretaria Estadual de Assistência Social (Seas) e um perito do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC-AM) devem embarcar nesta quarta-feira (31/07). O Governo do Amazonas já mobilizou profissionais da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), que levaram medicamentos e insumos para fortalecer as unidades de saúde de Tefé e Uarini. Além disso, servidores da Defesa Civil e homens do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), incluindo mergulhadores e especialistas em atendimento pré-hospitalar, estão auxiliando no atendimento aos feridos e nas buscas pelos desaparecidos.

Operações de Busca
A Marinha do Brasil continua engajada nas operações de busca e resgate relacionadas ao acidente com a embarcação “M Monteiro”. As operações estão sendo conduzidas com o apoio do Navio Patrulha Fluvial “Amapá”, uma aeronave do 1° Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Noroeste e uma lancha com equipe móvel da Capitania dos Portos.
Uma reunião de coordenação foi realizada hoje, às 11h00, envolvendo a Marinha, o Exército Brasileiro, a Defesa Civil do Estado do Amazonas, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar, com o objetivo de alinhar as ações de resgate, atendimento e busca dos acidentados.
Até o momento, 186 pessoas foram resgatadas, das quais 183 encontradas com vida. Ainda há pelo menos dois desaparecidos, que, segundo o Comandante da embarcação, pertenciam à tripulação.
As equipes no local conseguiram extinguir os focos de incêndio no convés principal e nos superiores, embora ainda persistam alguns focos nos conveses inferiores. Militares do Exército, que foram os primeiros a prestar socorro e avistaram o acidente, relataram ter ouvido sons semelhantes a fogos de artifício durante o incêndio, informação confirmada por passageiros sobreviventes. Contudo, as perícias iniciais ainda não confirmaram a existência desse tipo de material na embarcação.
As operações de resgate continuam de forma intensiva, com todas as forças empenhadas em localizar os desaparecidos e garantir a segurança dos sobreviventes.







