Com a febre de comida japonesa no mundo, Manaus não poderia ficar de fora. A possibilidade de aprender a fazer pratos da culinária oriental, para consumo próprio ou com a intenção de comercializá-lo, é viabilizada pelo Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam).
O curso de qualificação profissional de “Cozinha japonesa” tem duração de um mês, em média. Por meio do Soldado Cidadão, projeto do Ministério da Defesa, foi firmada parceria com o Cetam e ofertadas aulas a um grupo de 27 alunos.
A turma é formada por militares da Aeronáutica que ainda prestam o serviço militar. Eles vêm sendo capacitados para serem futuros “sushimen”. As aulas são ministradas na antiga Base Aérea de Manaus, atual Grupamento de Apoio (GAP), localizado na avenida Rodrigo Otávio, bairro Crespo, zona sul, e acontecem de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h. O curso iniciou no dia 9 de setembro e encerrará no dia 30 deste mês.
Complementando a formação – O sargento Gilberto Souza, 36, é um dos alunos do curso. Ele é maranhense, reside em Manaus há três anos e trabalha no rancho do GAP. Ele conta que escolheu o curso para complementar sua formação. “Tem tudo a ver com a minha área. Além de a pessoa aprender para fins pessoais, pode abrir um negócio próprio”, afirma o militar, que já fez pelo Cetam outros cursos, quando morava no município de Coari: Técnico em Eventos, Garçom e Técnicas de Relacionamento Pessoal.
O soldado Michel Cardoso de Souza, 24, pensa em abrir um negócio ligado à alimentação. Ele disse já ter conversado com um colega de turma para montarem, futuramente, uma sociedade no ramo de sushi. “Estava procurando um curso técnico na área”, completa Michel, que já fez Mecânica e Eletrônica de Motos, mas se identificou com a culinária.
Professora minuciosa – A instrutora do curso “Cozinha japonesa” é a professora Kioko Hashimoto, 54, descente de japonês e formada em gastronomia. “Ensino desde onde comprar o material até a produção do alimento. Gosto que os alunos façam de forma correta. Eles saem daqui aprendendo até como lavar o arroz”, conta Kioko, afirmando ser muito minuciosa em suas aulas.
A instrutora ressalta a importância do Cetam na formação dos alunos. E se diz grata por estar ministrando o curso. “Me sinto muito realizada quando posso passar um conhecimento e o aluno consegue, por meio das minhas aulas, obter algum tipo de renda. Pois ele pode trabalhar em casa e vender o sushi”, reforça.
Com carga horária de 140 horas, o curso ensina a elaboração e preparação de diferentes pratos da culinária japonesa. Além de orientar a respeito de práticas de higiene e manipulação de alimentos, ainda planeja o custo e comercialização do produto para a geração de renda, entre outros ensinamentos na área.