A Justiça de São Paulo aceitou o argumento do Ministério Público e arquivou inquérito policial que investigava possível crime de peculato do delegado youtuber Carlos Alberto da Cunha, mais conhecido como Delegado Da Cunha.

De acordo com a Folha de S.Paulo, a promotora do caso Kátia Peixoto Villani Pinheiro Rodrigues, alegou que o agente não se apropriou de bens da polícia em benefício próprio, o que configura peculato.

Villani, no entanto, destaca que é nítida e grave a conduta de uso da estrutura policial para a gravação dos vídeos.

A decisão, ainda segundo a Folha, desagradou a cúpula da Secretaria de Segurança Pública. A avaliação é de que foi aberto um precedente “perigoso”.

O juiz Fabio Pando de Matos, porém, manteve a apuração das denúncias sobre eventual delito de abuso de autoridade e violação de sigilo funcional.

Ele também determinou que a Promotoria de Patrimônio Público e Social seja acionada para apurar eventual improbidade administrativa por parte do delegado.

Há ainda um inquérito no Ministério Público contra ele para apurar improbidade administrativa. A diferença é que no crime de peculato, que foi arquivado, ele poderia ser preso. Caso seja condenado neste inquérito em andamento, o delegado pode perder o cargo e direitos políticos.

O delegado não se pronunciou sobre o mérito das acusações. Ele tem afirmado que está sendo perseguido. Entre os motivos, ele alega que há medo de que ele seja eleito governador de São Paulo.

Da Cunha foi afastado das ruas em julho deste ano, teve armas e distintivo recolhidos em julho, após ter chamado policiais de “ratos”. Em seguida, o agente tirou férias, se afastou do órgão e se filiou ao MDB. (Metrópoles)

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