O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, acatou uma liminar apresentada pela defesa do ex-presidente Lula referente ao julgamento do tríplex do Guarujá no Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Os advogados de Lula apontaram que o STJ não cumpriu os prazos devidos.

“O andamento processual dá conta de que o feito fora incluído em mesa para julgamento na sessão virtual do dia 22.4.2020, […] fato processual que, ao menos nesse juízo de cognição sumária, apresenta indícios de eventual desacordo com a norma regente dos julgamentos em ambiente virtual”, afirmou Fachin em decisão.

‌A defesa do ex-presidente argumentou que “eventual julgamento que venha a se realizar diante desse cenário será nulo, por afrontar as disposições regimentais e o devido processo legal em toda a sua extensão […], incluindo-se as garantias do contraditório e da ampla defesa”.

Em entrevista à Fórum na última quinta-feira, a jurista Tania Maria de Oliveira, da ABJD (Associação Brasileira de Juristas pela Democracia) avaliou que a anulação era o caminho correto.

“O ministro Félix Fischer, que é o relator da Lava Jato no STJ, incluiu na pauta virtual do tribunal o processo do ex-presidente Lula“, lembra Oliveira, também comentando que a defesa tomou conhecimento do fato apenas na madrugada do dia em que se iniciaria o processo. “Um procedimento totalmente anômalo. A defesa deveria ter sido intimada, notificada previamente”, diz.

Com informações do G1

Artigo anteriorMoto Honda da Amazônia estende período de suspensão das atividades produtivas até 18 de maio
Próximo artigo“Não quero falar de impeachment, quero falar de salvar vidas”, diz prefeito Arthur Neto em colóquio