Alegando questões de segurança, o Supremo Tribunal Federal decidiu parar de divulgar a agenda do presidente da Corte, Dias Toffoli, com atencedência. A mudança foi comunicada na segunda-feira (27), um dia após protestos a favor do governo, que incluíram também críticas ao Judiciário.

O ministro participou nesta manhã de um evento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e discursou sobre liberdade de expressão e proteção de dados. Sua presença só foi confirmada, conforme a assessoria de imprensa do tribunal, poucos minutos antes do início. Mas só foi colocada em sua agenda, na seção do site dedicada a isso, após o evento já ter iniciado.

Em resposta a questionamentos da reportagem, a assessoria do Supremo afirmou que a agenda continuará sendo divulgada diariamente no site do STF. “Por questões de segurança, a Presidência do STF avalia o melhor momento de publicação dos compromissos ao longo do dia”, destaca a Corte no retorno, destacando ainda que a LAI não impõe “prazo ou horário para a divulgação da agenda da autoridade”.

A decisão do STF que suspender a publicação da agenda por questões de segurança faz parte de uma série de medidas que já vêm sendo adotadas nesse sentido pelo tribunal. A primeira delas, e mais polêmica, a instauração do inquérito para apurar publicações de fake news e ameaças contra o Supremo e os ministros.

Os ministros do STF têm sido alvo de ataques para além das redes sociais. Um exemplo foi a tentativa de atingir Ricardo Lewandowski com tomates na última sexta-feira (24), quando ele saía de um evento em São Paulo.

Recentemente, alguns dos magistrados que solicitaram adiquiriram carros blindados e também puderam ter a segurança pessoal reforçada. (congresso em foco)

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