Foto: Pablo Jacob/AGÊNCIA O GLOBO

O IBGE voltou a revisar para cima hoje sua projeção para a safra agrícola de 2023, e espera agora 307,3 milhões de toneladas para o ano, 16,8% a mais que em 2022. Demanda para essa produção gigante não falta: produtos básicos sempre encontram mercado no mundo, mesmo em um cenário de desaceleração da economia global.

Mas há um problema de outra natureza, que refreia uma alta ainda maior das exportações do agro neste ano: o armazenamento escasso e as dificuldades no escoamento de grãos, com filas nos portos, acabam limitando o que poderia ser um aumento ainda maior das exportações.

Esse cenário ajuda a baratear os preços de alimentos no Brasil neste ano, como lembrou o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale.

– Nossa infraestrutura ainda tem dificuldades de comportar aumento expressivo de produção. Esse ano houve fila nos portos e acabou sobrando produto no Brasil, o que que ajudou a diminuir ainda mais os preços de alimentos no país – afirmou ao blog.

Para o especialista, a tendência é de melhoria do cenário daqui para a frente, já que a maior parte da produção de soja já foi exportada.

O conselheiro da Aprosoja-SP (associação dos produtores de soja), Gustavo Chavaglia, destaca que hoje há uma capacidade de armazenamento de 200 milhões de toneladas de grãos, para uma produção que ultrapassa os 300 milhões de toneladas.

– Sempre houve descompasso entre produção e armazenagem, que se acentua ano a ano – disse. – Porém esta safra 2022 e 2023 teve crescimento especialmente forte. Quando a capacidade de armazenagem é menor, temos um colapso no escoamento e transporte.

Com informações de: O Globo

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