
Reportagem publicada nesta terça-feira, 26, no site do Valor Econômico, destaca que a creepy, uma variedade de maconha desenvolvida na Colômbia, é transportada em embarcações pelos rios do Amazonas e distribuída por redes de tráfico na região.
Segundo o delegado da Polícia Federal Osvaldo Scalezi Júnior, nos últimos dois anos o volume da supermaconha colombiana aprendida na região é maior que o volume da cocaína.
Conforme destacou o site, e entre janeiro e julho deste ano, foram apreendidas no Amazonas 8,2 toneladas de maconha , boa tarde dela da variante apelidada pelos colombianos de creepy. No mesmo período, as apreensões de cocaína registradas pela PF no Estado ficaram em 680 quilos.
“Temos visto um aumento expressivo do tráfico da marijuana creepy. Antes, o que prevalecia era o tráfico de cocaína na região”, comenta Scalezi, chefe da Divisão de Repressão a Drogas, da Coordenação-Geral de Repressão a Drogas, Armas, Crimes Contra o Patrimônio e Facções Criminosas da PF.
Mais cara, mais potente e também muito mais perigosa para o organismo humano, a maconha creepy tem esse nome pelos fortes efeitos atordoantes que causa. Creepy, em inglês, significa horripilante, assustador, estranho.
“O que se pode ponderar é que essa tendência de apreensões de creepy começou entre um a dois anos, algo bem recente, mas com impacto bem maior atualmente”, diz Scalezi.
Um relatório recente do Ministério da Justiça sobre o tráfico de drogas na Amazônia aponta que a província colombiana de Caquetá é o polo produtor da creepy.
Diferentemente da cocaína que, em grande medida, passa pelo Brasil para chegar à Europa, a maconha creepy trazida para o Brasil é majoritariamente consumida no país.
Scalezi diz que se, por um lado, as rotas da supermaconha colombiana ganham força no Brasil, as tradicionais rotas da cocaína que passam pelo país rumo à Europa parecem estar perdendo um pouco de relevância. O país segue sendo usado como rota da cocaína até portos na África e na Europa.
“Até alguns anos atrás, o Brasil era a principal rota da droga que chegava à Europa, mas com o implemento de fiscalizações mais rotineiras nos portos, a utilização de scanner nos portos e o sucesso investigações da Polícia Federal essa rota passou a ser mais da Colômbia para o Equador, para o canal do Panamá até chegar à Europa.”
O que distingue a maconha “creepy” são os altos níveis da droga psicoativa THC. Enquanto as concentrações de THC da maconha normal costumam ser de um dígito, a “creepy” contém entre 15% e 25%, disse Juan Daniel Gómez, professor de neurociência da Pontifícia Universidade Javeriana em Bogotá. E isso produz um efeito diferente: “Seu efeito é muito maior, mas também dura menos”, disse Gómez.
Embora ainda não esteja claro se essas variedades poderosas da maconha são prejudiciais, sabe-se que o THC tem o potencial de agravar as condições psiquiátricas. Gómez disse que o uso de “creepy” disparou localmente, com clínicas de dependência na Colômbia recendendo mais pacientes que abusam da droga.
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