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Brenda Uliarte, suspeita de participar do ataque à vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, teria questionado aos advogados se “estragou a sua vida”, durante depoimento feito à juíza María Eugenia Capuchetti, responsável pelo caso.

A mulher é namorada de Fernando Andrés Sabag Montiel, brasileiro que tentou matar Kirchner no último 1° de setembro. A polícia trabalha com a suspeita de que o atentado foi premeditado e Uliarte é tida como principal responsável por arquitetar o crime.

De acordo com reportagem do jornal Clarin, ao ser perguntada sobre o dia do ataque, Brenda apenas questinou, após alguns segundos de silêncio: “Acabei com minha vida, né?”. A pergunta teria sido feita duas vezes durante o interrogatório. Ao decorrer das investigações, ela tem evitado falar sobre o caso.

Pessoas que tiveram contato com a acusada recentemente afirmam que ela “não consegue dimensionar a gravidade do ocorrido”. Presa desde o dia 4 de setembro, Brenda foi colocada em uma cela pequena e isolada, não conversa, não chorou, e nem questionou sobre a situação do namorado.

Nessa quarta-feira (14/9), foram divulgadas mensagens que teriam sido trocadas entre Brenda e uma amiga, chamada Agustina Díaz. “Mandei matar Cristina. Não deu certo porque ela entrou. Eu juro que senti raiva”, diz a jovem em uma das mensagens, indicando que a tentativa de atentado que falhou em 2 de setembro porque a arma não disparou não teria sido a primeira.

 

Ódio por Kirchner

Díaz também foi presa suspeita de participação no crime. Ela é amiga de Uliarte desde os 14 anos, e afirmou durante um interrogatório que a mandante tinha “ódio” da vice-presidente. Inicialmente, o investigador questionou a Díaz se ela poderia distinguir os conceitos de amor e ódio e pediu para classificar o sentimento da amiga em relação a Kirchner.

“Onde poderia colocar Brenda com a vice-presidente nesses conceitos?”, perguntou o interrogador e, prontamente, recebeu a resposta: “Ódio”.

Brenda Uliarte é investigada por tentativa de homicídio agravado por premeditação. Caso seja condenada, pode pegar até dez anos de prisão.

(Metrópoles)

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