Um homem foi preso suspeito de participar na logística da morte do ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, na manhã desta segunda-feira (19), no litoral de São Paulo.

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo, outros três suspeitos tiveram mandados expedidos pela justiça e seguem foragidos.

O homem é o segundo suspeito preso após uma mulher responsável por transportar uma das armas usadas no crime ser presa temporariamente, na útlima quinta-feira (18). A Polícia também confirmou que o imóvel no qual o fuzil foi retirado por ela, também foi identificado.

Em nota, a SSP afirmou que “vai ouvir todos os que alugaram a casa nas últimas semanas, assim como o dono do imóvel e o irmão dele, que é policial militar.”

As investigações seguem apurando o caso para esclarecer as circunstâncias da morte do ex-delegado e responsabilizar os envolvidos.

Quem são os suspeitos

Durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (18), a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que Flavio Henrique Ferreira de Souza e Felipe Avelino da Silva, conhecido como “Masquerano” no PCC, são investigados pela execução de Ruy Ferraz.

Um dos suspeitos tem vasto histórico criminal. Ainda de acordo com a polícia, a ação demonstrou conhecimento tático, com armamento pesado e carro de fuga incendiado.

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, declarou que “não resta dúvida de que o PCC está envolvido” na morte do ex-delegado-geral.

Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, possui passagem criminal por tráfico de drogas. Durante depoimento, ela teria dito que não sabia o que trazia dentro da sacola, o que não convenceu a polícia. Ela afirmou ter recebido pagamento via Pix para realizar o transporte das armas.

O valor foi transferido de uma conta em nome de uma criança de 10 anos, filho de é Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, quarto suspeito identificado pela polícia, que teve a prisão temporária decreta nesta quinta-feira (18), também por envolvimento no transporte da arma de fogo. Ele também é suspeito de ter dirigido anteriormente o carro que foi utilizado no crime.

Relembre morte de ex-delegado-geral em SP

A execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, em Praia Grande (SP) na segunda-feira (15), mobilizou uma força-tarefa policial e gerou forte repercussão devido ao seu histórico de combate ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

O secretário-executivo da Segurança Pública de São Paulo, Osvaldo Nico, confirmou que Fontes estava “sendo procurado, caçado”. O crime foi descrito como “covarde” e “bárbaro” pelo governador Tarcísio de Freitas e pelo promotor Lincoln Gakiya, respectivamente.

Fontes era considerado um dos principais inimigos do PCC, tendo sido pioneiro no mapeamento da facção e responsável por indiciar sua cúpula, incluindo Marcola, em 2006.

Ele era jurado de morte pelo PCC desde 2006 e havia expressado preocupação com sua segurança após um assalto em 2023, dizendo: “Eu combati esses caras durante tantos anos e agora os bandidos sabem onde moro”.

Com informações de CNN Brasil.

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