O sindicalista Givancir de Oliveira, presidente do Sindicato dos Rodoviários, que se apresentaria em Iranduba nesta segunda-feira (2) ao delegado Geraldo Elói – que assumiu as investigações da morte de Bruno Freitas Guimarães, 23 e da tentativa de assassinato Thelcy Freitas, ocorrido no município de Iranduba, interior do Amazonas, na tarde do último sábado (29), esteve no 31ª Delegacia Interativa de Polícia, mas não teve como ser apresentado.

O advogado Silvio Costa, por telefone disse ao Fato Amazônico, que esteve com seu cliente em Iranduba, mas devido a quantidade de pessoas em frente a delegacia, conversou com o delegado Geraldo Elói e marcou para terça-feira a apresentação do sindicalista, suspeito de homicídio.

“Não tivemos como apresentar o Givancir. Íamos colocar em risco a vida dele (Givancir) e dos policiais. Estava humanamente impossível fazer a apresentação”, acrescentou Silvio Costa, informando que está acertando com o delegado que preside o inquérito a apresentação do presidente do sindicato nesta terça-feira, na Delegacia Geral de Polícia Civil, em Manaus.

Questionado a respeito do pedido de prisão de Givancir de Oliveira, o advogado afirmou que acredita até que a prisão tenho sido decretada. “Como o processo tá sem segredo de justiça, não temos como afirmar. Queremos apresentar nosso cliente para que ele possa provar sua inocência”, afirmou o defensor, informando que caso tenha sido decretada a prisão ele entrará com um pedido de relaxamento no Tribunal de Justiça.

Silvio Costa, não nega a dívida com o ex-funcionário. “Ele parcelou o pagamento”, declarou o advogado, afirmando ser muito estranho Givancir de Oliveira, ser acusado de um crime depois de anunciar ser pré-candidato a Prefeitura de Iranduba.

Revolta no Município

De acordo com fontes do Fato Amazônico, familiares e moradores de Iranduba ao tomarem conhecimento da apresentação de Givancir amanheceram em frente ao prédio da 31ª Delegacia Interativa de Polícia.

Revoltados com o não comparecimento do sindicalista, os moradores do município da Região Metropolitana de Manaus ameaçaram invadir e incendiar a casa do sindicalista na manhã desta segunda-feira (02).

Casa de Givancir no Iranduba

Testemunha internada

A principal testemunha do crime, Thelcy Freitas, está internada no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, em Manaus, e teria revelado a polícia o que aconteceu na tarde de sábado (29), no ramal da Comunidade São Sebastião, em Iranduba, quando seu primo, Bruno, foi executado a tiros e ela baleada com três disparos.

De acordo com a testemunha, eles estavam em uma motocicleta Honda, quando um veículo bateu na traseira da moto, o piloto (Bruno) perdeu o controle e os dois caíram.

“Ele bateu na traseira da moto, aí meu primo perdeu o controle e fomos pro chão. Aí ele saiu do carro e disse para eu dar meu celular para ele, mas eu joguei ele no meio do mato. Aí ele atirou primeiro no muro e apontou a arma pro meu primo. Aí eu segurei na arma dele e puxei a blusa da cara dele. Aí eu falei para Givancir! Não atira no meu primo. Aí eu fiquei na frente dele”, teria relatado a vítima a polícia, informando ainda que outras três pessoas saíram do carro e dispararam contra Bruno, que estava caído no chão.

A testemunha afirma que na tarde do último sábado, acompanhado de Bruno Guimarães, foi a casa de Givancir de Oliveira, onde trabalhou, para receber cerca de R$ 400 reais.

De acordo com Thelcy, depois de receber uma mensagem, foi a casa do ex-patrão para receber. Ao chegar em frente a residência buzinou e um funcionário de Givancir, identificado por “Bindá” abriu o portão e lhe passou a importância de R$ 150,00. O ex-funcionário disse que questionou Bindá, afirmando que era R$ 400 a dívida e não R$ 150,00.

Ao montar na garupa da moto, pilotada por Bruno Guimarães, disse que iria procurar a Justiça para receber seus direitos. Quando trafegavam rumo a comunidade São Sebastião, onde a mãe dela mora, ocorreu o crime.

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