Preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em 27 de setembro deste ano, um carroceiro de 19 anos confessou que ajudou a enterrar o corpo do menino João Miguel Silva (foto em destaque), 10. Os investigadores suspeitam que o menor ainda estava vivo quando foi amarrado e jogado em uma fossa.

A criança ficou cerca de 15 dias desaparecida antes de ser encontrada sem vida em uma área de mata no setor Lúcio Costa, em frente ao viaduto que dá acesso ao Guará I.

A coluna apurou que o suspeito alegou que quem matou o menino foi, na verdade, a namorada dele, uma adolescente, de 17 anos. Em depoimento, a menor teria assumido a autoria do assassinato.

O motivo do crime seria um cavalo. Segundo as apurações, João Miguel teria pegado o animal do autor para ir ao SIA e perdido o animal. O cavalo foi localizado após um mês no curral da Seagri. Para retirá-lo, o proprietário precisou pagar R$ 2,5 mil.

As informações sobre a identidade dos suspeitos são mantidas em sigilo pela 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural), que investiga o caso. Quando foi encontrado, o corpo de João estava com as mãos amarradas, um tecido preso ao pescoço e envolto em um pedaço de pano similar a um lençol.

Ida ao mercado

O último momento em que foi visto pela família João estava brincando, por volta das 18h do dia 30 de agosto. Relatos de vizinhos também indicam que ele foi ao mercado, por volta das 21h .

“No dia a dia, ele ficava brincando na frente de casa. Ele não era menino de sair com estranhos. Era acostumado a ir ao mercado porque é perto de casa, não é tão longe. Esse era o único percurso que ele tinha para fazer, não pode ter ido a outro lugar”, completou a tia.

Apesar de ter sido encontrado em uma fossa com água, o menino não tinha água nos pulmões, o que descarta a possibilidade de afogamento. Segundo os investigadores da 8ª DP, também não havia indícios de crimes sexuais no menino.

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