São Paulo – A polícia identificou e já colheu o depoimento do principal suspeito de disparar um rojão que matou a turista Elisângela Tinem Gonçalves, de 38 anos, na noite de Réveillon, na Praia Grande, litoral paulista.

Após analisar imagens captadas por celulares, investigadores do 1º DP da cidade litorânea identificaram Christian Luan dos Santos Oliveira, de 18 anos, como o responsável em acender o morteiro que ficou preso no peito da vítima, que morreu sobre areia da praia, sem tempo de ser socorrida.

O delegado Alex Mendonça dos Nascimento afirmou ao Metrópoles, na manhã desta terça-feira (17/1), que Oliveira foi buscado em casa, na zona leste da capital paulista, nessa segunda-feira (16/1), e levado à Praia Grande, para prestar depoimento. Na delegacia, acrescentou o delegado, Oliveira confessou o crime, alegando que ele foi cometido “sem intenção.”

Apesar da confissão, ele não foi preso, pois a polícia ainda aguarda um retorno do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), sobre um pedido de prisão temporária, de 30 dias, já solicitada contra Oliveira.

“Eu indiciei ele no homicídio doloso [com intenção de matar], por dolo eventual. Meu relatório [sobre o crime] será nesse sentido”, afirmou o delegado. O Metrópoles ainda não localizou o advogado de defesa do suspeito.

O TJSP foi questionado sobre o pedido de prisão feito pela polícia, mas não havia se posicionado até a publicação desta reportagem.

O caso

Elisângela Tinem Gonçalves morreu sobre a areia da praia do bairro Nova Mirim, segundo constatado por socorristas dos Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), após um rojão se prender à sua roupa e explodir, na noite de Réveillon, na Praia Grande, litoral paulista. Ela estava acompanhada do primo, Alexander Freitas Gonçalves, de 41 anos, que se feriu ao tentar ajudar a parente.

Imagens feitas com um celular mostram dezenas de pessoas acompanhando uma queima de fogos, na faixa de areia.

De repente, segundo o registro, a carga de um rojão é desviada e atinge Elisângela. Em questão de segundos, o artefato explode, gerando um forte clarão.

O primo de Elisângela relatou a policias militares que, durante a queima de fogos, o explosivo se prendeu na região do peito da parente. Quando ele tentou tirá-lo, o artefato explodiu. A vítima acabou não resistindo, ainda no local. Ela deixa um filho de 13 anos.

A Prefeitura de Praia Grande afirmou que, segundo a Lei Municipal n° 744, de outubro de 1991, é proibida a venda e comercialização de fogos de artifício na Cidade. “A Prefeitura salienta ainda que o artifício que acertou a vítima não partiu dos fogos oficiais da Prefeitura. Inclusive, o Bairro Mirim não contou com ponto oficial de queima de fogos”, afirma em trecho de nota encaminhada ao Metrópoles, logo após a morte da turista.

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