O vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza, afirmou que o Brasil precisa superar disputas ideológicas e avançar para uma agenda prática de segurança, responsabilidade econômica e desenvolvimento sustentável, especialmente na Amazônia. A avaliação foi apresentada em artigo publicado nesta quinta-feira (18) no jornal Gazeta do Povo, no qual o gestor coloca a região amazônica no centro das decisões estratégicas do país.

No texto, Tadeu contextualiza o debate brasileiro dentro de um cenário latino-americano mais amplo, marcado pela ascensão de governos de centro-direita em países como Argentina, Equador, Paraguai e Panamá. Segundo ele, esse movimento reflete o desgaste de modelos estatais incapazes de entregar resultados concretos à população, sobretudo no combate à violência, na estabilidade econômica e na redução das desigualdades.

Para o vice-governador, as eleições de 2026 representarão uma encruzilhada política para o Brasil, exigindo escolhas que transcendam discursos ideológicos.

“O Brasil precisará decidir se continuará prisioneiro do atraso e da divisão, ou se seguirá o caminho que parte da América Latina já começa a trilhar: governos firmes na segurança, responsáveis na economia e comprometidos com a liberdade”, escreveu.

Ao tratar especificamente da Amazônia, Tadeu afirma que o Amazonas se tornou território-chave para o país demonstrar capacidade de conciliar ordem, desenvolvimento econômico e proteção ambiental. Para ele, a região não deve ser vista como problema, mas como solução estratégica.

“A Amazônia não pede favores. Pede que o país a enxergue como o que ela é: o centro estratégico do século XXI”, destacou.

Segurança como pilar do desenvolvimento

No artigo, o vice-governador enfatiza que a presença efetiva do Estado, aliada a planejamento e inteligência, já apresenta resultados positivos na segurança pública. Ele defende o fortalecimento das ações de monitoramento territorial, repressão qualificada e integração das forças de segurança, especialmente em áreas de fronteira e no interior do Estado.

Segundo Tadeu, experiências recentes mostram que é possível reverter cenários críticos quando há coordenação institucional.

“Quando o Estado age com seriedade, o crime recua. Não resolvemos tudo, mas ficou claro que é possível virar o jogo”, avaliou.

Zona Franca como política de Estado

Ex-operário do Distrito Industrial, Tadeu também reforçou a defesa da Zona Franca de Manaus (ZFM), classificando o modelo como uma política de interesse nacional e não um privilégio regional. Para ele, a ZFM é essencial para a geração de empregos, inovação industrial e preservação ambiental.

“A Zona Franca de Manaus é uma decisão de nação. Ela mantém a floresta em pé ao criar alternativas reais de renda e desenvolvimento. Defender a ZFM é defender soberania e futuro”, argumentou.

Ao concluir o artigo, o vice-governador defende que o debate sobre a Amazônia precisa ser conduzido com coragem, serenidade e visão estratégica, afastando discursos simplistas e ideológicos. Segundo ele, a virada que o Brasil precisa pode começar justamente pelo Amazonas.

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