
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para intermediar as negociações sobre tarifas com o governo brasileiro. A autoridade norte-americana já fez críticas ao Brasil e é apontado como um nome próximo ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Apesar disso, na avaliação de interlocutores do Palácio do Planalto, a conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinaliza um avanço e, independentemente do negociador, o importante é o estabelecimento do diálogo direto entre os presidentes.
Lula e Trump conversaram durante 30 minutos na manhã desta segunda-feira (6/10). Na ligação, o chefe do Planalto pediu que os Estados Unidos revejam as sobretaxas de 40% impostas a produtos brasileiros e a revogação das sanções a autoridades.
Por parte dos governo brasileiro, os responsáveis pelas negociações serão o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Mauro Vieira (Relações Exteriores).
Os líderes também concordaram em se reunir presencialmente em breve. Lula sugeriu que o encontro ocorra na Malásia, durante a Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). Outras possibilidades ventiladas são a vinda de Trump para Belém (PA), para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), ou uma viagem de Lula aos Estados Unidos.
Após a conversa, o presidente norte-americano se manifestou nas redes sociais. Ele classificou o diálogo como “ótimo”, acrescentando que os “países se darão muito bem juntos”.
“Esta manhã, tive uma ótima conversa telefônica com o presidente Lula, do Brasil. Discutimos muitos assuntos, mas o foco principal foi a economia e o comércio entre nossos dois países. Teremos novas discussões, e nos encontraremos em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Gostei da conversa — nossos países se darão muito bem juntos!”, afirmou o republicano em uma rede social.










