O taxista José Roberto Souza Maia, 33, que teria encontrado a menina Tamara de Oliveira da Silva, de apenas 2 anos, sequestrada na última terça-feira (24), por uma mulher no Centro de Manaus, apresentou-se ontem na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente, afirmando ser marido da sequestradora.
Na delegacia, ele disse a delegada Linda Glaucia, que decidiu procurar a polícia devido a grande repercussão do caso na cidade. O taxista já havia sido chamado num primeiro momento para prestar esclarecimentos, mas não compareceu. No Boletim de Ocorrência registrado no 13º Distrito Integrado de Polícia ele havia passado informações erradas, inclusive, sobre as características da mulher que teria sequestrado a criança.
Ainda na noite de ontem, por volta das 20h, a suposta sequestradora, foi identificada como Paloma Priscila de Oliveira, que também acompanhada de um advogado esteve na delegacia.
“Ela disse que as crianças pediam esmolas na rua e que ficou comovida com a situação. Então, levou os irmãos para comer alguma coisa e depois foram a uma loja de brinquedos para comprar presentes. Lá, o irmão da menina teria se perdido e como não conseguiu encontrá-lo, decidiu levar a menina para casa,” disse a delegada.
Questionada sobre o cabelo da criança que foi cortado, a suspeita negou ter sido para mudar a aparência da menina. Paloma disse que Tamara estava com piolhos, por isso optou em cortar.
Paloma, foi indiciada pelos crimes de lesão corporal e sequestro (Artigos 129 e 148, respectivamente, do Código Penal Brasileiro). José Roberto vai responder pelo crime de favorecimento pessoal (Artigo 348 do CPB).
Entenda o caso
Tamara de Oliveira da Silva, 2, desapareceu na última terça-feira (24), no Centro da cidade. Segundo a mãe da criança, Rosemere Pereira de Oliveira, ela teria levado os filhos, a menina de dois anos e um adolescente de treze anos, para o local, onde possui uma banca de verduras, pois aproveitaria para comprar roupa para os dois ao término das vendas. Enquanto a mãe trabalhava, as crianças entraram em uma loja de departamentos para pegar bombom quando foram abordadas por uma mulher, de estatura baixa e cabelos ruivos, que os atraiu até uma loja de brinquedos com a desculpa de comprar presentes de Natal para eles.
Ao chegarem na loja a mulher deu para o irmão de Tamara R$20 em espécie e disse para que ele comprasse uma boneca enquanto ela esperaria na frente do estabelecimento com a menina. Quando o adolescente estava no caixa para efetuar o pagamento do brinquedo percebeu que a mulher havia desaparecido com a criança.
No dia seguinte, José Roberto compareceu ao 13º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde afirmou que a mulher suspeita de levar a criança teria pedido uma corrida de táxi ao bairro Mauazinho, na Zona Leste, por volta das 7h, num lugar conhecido como “Morro da Catita”. Na ocasião, ele teria falado que a mulher pediu que ele aguardasse enquanto iria buscar o dinheiro para pagá-lo e a criança teria ficado dentro do veículo. Como ela não havia retornado, ele procurou uma unidade policial para entregar a menina.