Material obtido pelo Metrópoles

A 2ª Vara Criminal do Gama negou o pedido de revogação da prisão preventiva do psicólogo Pablo Stuart Fernandes Carvalho (foto em destaque), preso desde março deste ano acusado de torturar e matar ao menos 20 gatos no Distrito Federal. A decisão foi proferida nesta terça-feira (14/10).

A defesa de Pablo argumentou que a prisão preventiva teve o prazo de validade excedido. “Entretanto, tal argumento não prospera”, considerou a juíza Dara Pamella Oliveira Machado.

A magistrada avaliou que, para decidir se a prisão preventiva deve ser mantida ou revogada, a Justiça deve levar em conta não apenas o tempo decorrido, mas também o risco que a liberdade do preso causaria à ordem pública.

“Não há elementos novos capazes de modificar o cenário que fundamentou a decretação e manutenção da prisão preventiva. A custódia permanece necessária à garantia da ordem pública e à prevenção da reiteração criminosa”, definiu a juíza.

Julgamento em fase de conclusão

Pablo Stuart Carvalho passou por julgamento na 2ª Vara Criminal do Gama em duas sessões, em 18 de setembro e na última quinta-feira (9/10). Na primeira data, a Justiça ouviu as testemunhas de acusação; na segunda, foi a vez da defesa se posicionar.

Agora, a Justiça vai colher alegações finais e, por fim, definir se Pablo será condenado ou absolvido. A expectativa da defesa é de que a decisão saia até o fim de novembro deste ano.

Relembre o caso

  • Em 18 de março deste ano, o Metrópoles revelou o caso de Pablo Stuart Fernandes Carvalho, 30 anos, psicólogo que maltratou e matou ao menos 20 gatos. Para além da crueldade, os crimes chamam a atenção porque absolutamente todos os felinos adotados por Pablo eram cinza e tinham pelagem rajada.
  • Pablo procurava protetores de animais pedindo para adotar os bichinhos. Um mês após uma adoção, ele inventava histórias para as doadoras afirmando que os bichos haviam sumido e pedia outro animal. Assim, ele conseguiu adotar pelo menos 20 felinos entre setembro de 2024 e março de 2025.
  • Após a divulgação inicial do caso, a maior dúvida era o que havia acontecido com os gatos. Depois, a investigação policial concluiu que Pablo matou quase todos os animais adotados — uma das cuidadoras conseguiu recuperar um deles.
  • Áudios obtidos pelo Metrópoles e depoimentos de vizinhos comprovaram o teor macabro das atitudes de Pablo: ele jogava os bichinhos contra a parede e os torturava com banhos indevidos no apartamento onde morava, no Gama.
  • “Enquanto ele dava banho, ele xingava os gatos de ‘desgraçados’, ‘filhos da puta’… Era possível ouvir os gatinhos arranhando o box do banheiro, gritando e tentando fugir daquilo”, disse ao Metrópoles o fisioterapeuta Mateus Vieira, 25, vizinho de Pablo.
  • Depois das primeiras denúncias e da repercussão do caso, Pablo foi preso pela Polícia Civil do DF (PCDF) em 25 de março deste ano. Dias depois, a Justiça converteu a prisão em preventiva, e o psicólogo está encarcerado desde então.

Veja imagens de alguns dos gatos adotados por ele:

Defesa

Em nota, os advogados de Pablo Stuart Fernandes Carvalho dizem acreditar “firmemente” na inocência do cliente. “A defesa envidará todos os esforços necessários para demonstrá-la em juízo”, afirmam.

“Diante da análise criteriosa das provas a serem produzidas, restará evidenciada a inexistência de responsabilidade penal por parte do acusado”, encerra o comunicado.

Com informações de Metrópoles.

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