
O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) negou, nesta sexta-feira (27), o pedido da Associação Folclórica Boi-Bumbá Garantido para substituir a comissão julgadora do Festival Folclórico de Parintins 2025. A decisão, que reafirma a negativa já proferida em primeira instância, mantém os jurados previamente definidos para a disputa entre os bois Garantido e Caprichoso, que tem início ainda hoje na arena do Bumbódromo. As informações são do Am Em Pauta.
Na ação judicial, o Garantido alegava possíveis vínculos pessoais e profissionais entre integrantes da comissão julgadora e membros do Boi Caprichoso, o que, segundo a agremiação, colocaria em risco a imparcialidade do julgamento. O boi vermelho e branco solicitava, em caráter de urgência, a substituição da banca e um novo sorteio dos jurados, com acompanhamento do Ministério Público.
O pleito foi inicialmente indeferido pela juíza plantonista de Parintins, Renata Tavares Afonso Fonseca Costa, que argumentou que uma mudança repentina às vésperas do festival poderia comprometer a estabilidade institucional e a credibilidade do evento. O entendimento foi mantido em segunda instância pelo desembargador Cláudio Roessing, que proferiu decisão às 13h09 desta sexta-feira.
“As alegações de parcialidade dos jurados exigem provas robustas e o mínimo do contraditório para se firmar uma premissa sobre sua veracidade e, diante da proximidade do início do Festival, não se mostra adequada a interferência judicial em evento de grande repercussão”, afirmou o desembargador em trecho da decisão.
Reações do Boi Caprichoso
O presidente do Boi Caprichoso, Rossy Amoedo, criticou a tentativa do Garantido de judicializar o festival. Segundo ele, esta foi a terceira vez que a associação vermelha e branca tentou alterar a composição do júri nesta edição do evento.
“O que o Garantido está fazendo é tentar mudar as regras no dia da festa, sem apresentar motivos justos para a troca dos jurados”, disse Rossy. “Fica parecendo que só querem que o júri esteja ao seu gosto. Isso enfraquece o espetáculo, confunde o público e tenta gerar instabilidade num momento de celebração cultural.”
Rossy também ressaltou o impacto econômico e simbólico do Festival para Parintins e destacou a responsabilidade da comissão julgadora e dos patrocinadores em preservar a credibilidade da festa.
“O que está em jogo vai além dos dois bois. A cadeia econômica do município depende diretamente do investimento de patrocinadores e apoiadores deste festival folclórico. Caprichoso está preparado para vencer na arena, confiamos que o resultado justo virá mediante ao trabalho árduo feito durante meses”, finalizou o dirigente.
Com as negativas da Justiça em duas instâncias, o Festival Folclórico de Parintins 2025 seguirá com os jurados sorteados conforme o regulamento oficial.







