Julia Demaree Nikhinson – Pool/Getty Images

“A ideia de que os países Brics estão tentando se afastar do dólar, enquanto ficamos parados e assistimos, acabou”, escreveu o presidente. Caso o bloco não se comprometa a usar a moeda americana, “enfrentarão tarifas de 100% e devem esperar dizer adeus à venda para a maravilhosa economia dos EUA”.

O que está acontecendo?

  • Em outubro de 2024, durante reunião de cúpula do bloco em Kazan, na Rússia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a criação de uma alternativa ao dólar para comércio entre os países do bloco Brics.
  • Na mesma cúpula, Vladimir Putin, presidente da Rússia, assinalou que a criação de uma moeda para o bloco ainda não era uma ideia “madura”.
  • Já em novembro, Donald Trump, já eleito presidente dos EUA, ameaçou o Brics. “Pedimos que se comprometam […] a não criar nunca uma nova moeda do Brics, e a não apoiar nenhuma outra moeda para substituir o possante dólar americano, ou enfrentarão tarifas de 100%”, escreveu na época.
  • Nessa quinta-feira (30/1), Lula prometeu que agirá com reciprocidade se o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, decidir taxar produtos brasileiros.

A nova fala de Trump contra o Brics acontece apenas um dia depois de o presidente afirmar que vai impor tarifas de 25% sobre importações do Canadá e México – conterrâneos da América do Norte – a partir deste sábado (1°/2).

“Haverá reciprocidade”

Durante a primeira conversa com a imprensa de 2024, o presidente Lula prometeu que agirá com reciprocidade se o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, decidir taxar produtos brasileiros.

“É muito simples. Se ele taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade do Brasil em taxar os produtos dos Estados Unidos”, explicou.

De acordo com o presidente brasileiro, não há previsão para encontros oficiais entre os dois chefes de Estado no momento.

“Mandei uma carta pra ele dizendo que espero que ele tenha uma boa governança, se isso acontecer esta de bom tamanho”, disse Lula, que reforçou que Trump precisa respeitar a soberania de outros países.

Com informações de Metrópoles

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