
Os Estados Unidos apresentaram um plano de vinte pontos para encerrar o conflito entre Israel e o Hamas. Em coletiva no Salão Oval ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse aceitar o acordo.
Na quarta visita a Washigton neste ano, Netanyahu reforçou que se o Hamas não concordar com a ideia, Israel então vai “finalizar o trabalho sozinho” e eliminar o grupo. “Isso pode ser feito da forma fácil, ou da forma difícil, mas será feito. A gente prefere a forma fácil, mas tem que ser feito”, afirmou o premiê em um discurso após a reunião.
O grupo terrorista não foi envolvido nas negociações e diz que os mediadores do grupo lerão o texto “com boa fé”.
O plano divulgado pela Casa Branca prevê um comitê de governança temporário em Gaza, até que a Autoridade Palestina possa apresentar o que o governo americano chamou de um “programa de reforma”.
O comitê seria teocrático, apolítico e composto por palestinos qualificados e especialistas internacionais – entre eles, o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair. E estaria sob supervisão de um “quadro da paz” liderado por Trump.
“O Hamas e outras facções terroristas não terão nenhum papel no conselho, nem terão qualquer papel na governança de Gaza. Direta ou indiretamente, como você sabe”, disse o presidente americano.
Trump também se comprometeu a criar um plano de desenvolvimento econômico para “reconstruir e energizar Gaza”, atraindo investimentos – mas não especificou como isso iria funcionar.
As declarações sobre como Trump enxerga o futuro para Gaza lembram falas anteriores do republicano prometendo criar uma “Riviera do Oriente Médio” no território.
Além disso, a proposta abrange a retirada em fases das tropas de Israel e a destruição das estruturas do Hamas – incluindo túneis e armamentos. Segundo Trump, a proposta “prevê a libertação imediata de todos os reféns restantes. Em nenhum caso, mais do que 72 horas. Então, os reféns vão voltar.”
No plano do republicano, Israel também libertaria mais de 250 prisioneiros sentenciados à prisão perpétua e mais de 1.700 pessoas detidas em Gaza desde 7 de outubro de 2023, incluindo mulheres e crianças.
Também está previsto o envio de ajuda humanitária para o território assim que as duas partes entrarem em acordo. Isso seria feito em conjunto pela ONU, Cruz Vermelha e outras instituições, sem interferência de Israel ou do Hamas.
Durante o encontro na Casa Branca, Netanyahu e Trump telefonaram para o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani. Na conversa, o premiê israelense pediu desculpas pelo ataque contra o Hamas em Doha, no começo do mês.
Netanyahu afirmou que não vai mais desrespeitar a soberania do Qatar, e que o único alvo da ação era o Hamas.
Com informações de CNN Brasil.










