Rudy Giuliani, ex-prefeito de Nova York e advogado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ontem (8) que o líder não prestará depoimento sobre a chamada “trama russa” se não forem apresentados “fatos que justifiquem a investigação”.

“Queremos saber se existem fatos que justifiquem a investigação originalmente ou se os desenvolveram. Porque não podemos encontrar nenhum. Ninguém pode”, disse Guiliani em entrevista concedida neste domingo ao canal “CNN”.

Com estas palavras, o advogado tratou de responder declarações feitas previamente nesta semana nas quais dava a entender que o líder não se reuniria com a equipe de investigação do procurador-especial Robert Mueller, a não ser que fossem apresentadas provas da culpa de Trump.

No entanto, Giuliani disse que, após meses de audiências, o comitê de Inteligência do Senado concluiu na semana passada que a Rússia tinha crescido nas eleições presidenciais de 2016 com a intenção de ajudar o hoje presidente.

A investigação de Mueller se centra em revelar se existiu uma confabulação entre a equipe de campanha de Trump e o Kremlin e se, uma vez que ocupou a Casa Branca, o líder tentou obstruir as mesmas.

Além disso, Guiliani justificou o fato de Trump não ter demitido Mueller, apesar dos constantes ataques do presidente contra o procurador-especial nas redes sociais, nos quais o acusou em reiteradas ocasiões de dirigir uma autêntica “caça de bruxas”.

“Se fizesse isso, todo o mundo diria que (Trump) é culpado e que é por isso que o demitiu”, sustentou o advogado.

No passado, segundo informaram então os veículos de imprensa, o presidente pensou na opção de demitir ao procurador-especial, uma possibilidade que topou com a rejeição de boa parte da bancada de seu partido, o Republicano.

No entanto, na opinião deespecialistas legais, se Trump quiser demitir o procurador-especial deve comparecer ao “número dois” do Departamento de Justiça, Rod Rosenstein, que foi quem se encarregou de nomear Mueller e supervisiona a investigação sobre a chamada trama russa. (Agência EFE)

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