Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, lidera ranking de melhores no mundo • Divulgação/Harvard

O governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, expandiu a campanha contra a Universidade de Harvard com o início do processo que pode tornar a instituição inelegível para receber financiamento federal.

O HHS (Departamento de Saúde e Serviços Humanos na sigla em inglês) anunciou nesta segunda-feira (29) que deu início ao processo,

O Escritório de Direitos Civis (OCR) informou que encaminhou Harvard ao setor responsável pelos processos de suspensão administrativa e impedimento.

A medida que abre caminho para que a universidade da Ivy League seja proibida de firmar contratos com agências governamentais ou de receber recursos federais.

O anúncio ocorreu após o Escritório de Direitos Civis ter encaminhado a instituição ao Departamento de Justiça dos EUA, sob alegações de que a universidade não teria enfrentado adequadamente casos de discriminação e assédio contra estudantes judeus e israelenses em seu campus.

Paula Stannard, diretora do Escritório de Direitos Civis, disse que Harvard foi notificada sobre o seu direito a uma audiência administrativa formal para que um juiz avalie se houve violação a Lei dos Direitos Civis, de 1964. A universidade tem 20 dias para solicitar a audiência.

“O encaminhamento de Harvard para um processo administrativo formal reflete o compromisso do OCR em proteger tanto os investimentos dos contribuintes quanto o interesse público em geral”, disse Stannard em comunicado.

Harvard, sediada em Cambridge, Massachusetts, não respondeu a pedidos de comentário. A universidade afirmou que busca combater a discriminação.

O governo Trump lançou uma campanha para usar o financiamento federal como forma de pressionar por mudanças em Harvard e outras universidades, que, segundo o presidente, estariam dominadas por ideologias antissemitas e de “esquerda radical”.

Harvard processou o governo em relação a algumas dessas ações, levando uma juíza a decidir, no início deste mês, que a administração havia encerrado de forma ilegal mais de US$ 2 bilhões em bolsas de pesquisa concedidas à instituição.

Em sua decisão, a juíza distrital Allison Burroughs afirmou que o governo Trump “usou o antissemitismo como cortina de fumaça para um ataque direcionado e ideologicamente motivado contra as principais universidades do país”.

A administração tem buscado um acordo com Harvard. Em uma recente reunião de gabinete, Trump afirmou que a universidade deveria pagar “nada menos que US$ 500 milhões”, pois teria “se comportado muito mal”.

O governo alega que as universidades permitiram manifestações de antissemitismo durante protestos pró-Palestina.

Manifestantes, incluindo alguns grupos judeus, afirmam que suas críticas à ofensiva de Israel em Gaza e à ocupação dos territórios palestinos não devem ser caracterizadas como antissemitismo e que a defesa dos direitos palestinos não pode ser confundida com extremismo.

Com informações de CNN Brasill.

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