Em julho deste ano, o presidente da Venezuela foi apontado como o chefe do cartel de Los Soles pela administração Trump, recentemente classificado como organização terrorista internacional pelos EUA. Mudança que também atingiu outros grupos, e abriu brechas para operações militares norte-americanas em outros países, sob a justificativa do combate ao “narcoterrorismo”.
Desde então, navios de guerra, um submarino nuclear, caças F-35, e o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, foram deslocados para a América Latina, onde a operação militar Lança do Sul foi lançada em 13 de novembro.
Nos últimos meses, o Pentágono anunciou 22 ataques contra embarcações, supostamente envolvidas no transporte de drogas nas águas do Caribe e Oceano Pacífico. Provas concretas da ligação entre as embarcações e o tráfico internacional, contudo, não foram divulgadas pelos EUA.
Enquanto os recentes ataques se concentram apenas no mar, fuzileiros navais norte-americanos posicionados em instalações militares na América Latina ensaiam uma possível operação por terra na região. Entre os exercícios, divulgados pelo Comando Sul dos Estados Unidos (SOUTHCOM) estão: infiltração, desembarque de tropas, guerra na selva e voos com caças.
Apesar das alegações de Trump, a ofensiva dos EUA é vista com pelo governo venezuelano como uma tentativa de interferência no país. Por isso, Maduro também iniciou uma mobilização massiva na Venezuela, e já declarou estar pronto para lutar contra o que classifica como “ameaça imperial”. Com Metrópoles.