
ANCARA (Reuters) – A Turquia deteve 37 pessoas acusadas de publicações “provocativas” nas redes sociais por causa da detenção do prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, informou o governo nesta quinta-feira, buscando reprimir os protestos.
Imamoglu, o principal rival político do presidente Tayyip Erdogan, foi detido na quarta-feira sob acusações que incluem corrupção e auxílio a um grupo terrorista, uma medida que o principal partido de oposição condenou como uma “tentativa de golpe contra o próximo presidente”.
Milhares de manifestantes tomaram as ruas e os campi universitários em várias cidades, incluindo Istambul e a capital Ancara, com multidões entoando slogans contra o governo, apesar da proibição de quatro dias de reuniões imposta após a prisão de Imamoglu.
As autoridades turcas identificaram 261 contas de mídia social, incluindo 62 sediadas no exterior, por “publicações provocativas que incitam ao crime e ao ódio” após a detenção de Imamoglu e 105 outros, e continuavam os esforços para rastrear os suspeitos restantes, disse o ministro do Interior, Ali Yerlikaya, no X.
O ministro acrescentou que 18,6 milhões de publicações sobre Imamoglu foram compartilhadas no X nas 24 horas seguintes à sua detenção. O popular político de 54 anos está à frente de Erdogan em algumas pesquisas de opinião.
Além da proibição de manifestações, as autoridades fecharam várias estradas e restringiram o acesso a algumas redes sociais.
“Eles detiveram apressadamente nosso prefeito, que elegemos com nossos votos”, disse Ali Izar, um apoiador da oposição a caminho do trabalho no centro de Istambul. “Não acho que essa seja uma prática democrática e a condeno.”
Com informações de IstoÉ