
O ministro do Interior da Turquia, Ali Yerlikaya, divulgou que mais de 1 mil pessoas foram presas durante os protestos em várias cidades do país. As manifestações, que começaram na quarta-feira (19/3), são contra a prisão do prefeito de Istambul, Ekrem İmamoğlu.
A declaração do ministro foi feita nesta segunda-feira (24/3).
O que está acontecendo?
- O Ministério do Interior da Turquia anunciou nesse domingo (23/3) que está suspendendo do cargo o prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, principal opositor do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
- Momentos antes do anúncio, um juiz ordenou formalmente prisão preventiva para Imamoglu.
- A determinação judicial desse domingo ocorreu após uma quarta noite de protestos em massa contra a detenção do político, que levou a fortes confrontos com a polícia, em meio à maior onda de manifestações no país em mais de uma década.
- Imamoglu é acusado de ter ligações com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), classificado pelo governo da Turquia como organização terrorista.
O ministro citou, na rede social X, o artigo 34 da Constituição da Turquia, que garante o direito de “organizar reuniões e manifestações desarmadas e não agressivas sem permissão prévia”. Porém, de acordo com ele, os “círculos” têm abusado desse direito, incitando eventos de rua e atacando policiais.
“Essas ações visam perturbar a paz e a segurança de nosso povo. 123 de nossos policiais ficaram feridos nas manifestações. Ácido, pedras, paus, fogos de artifício, coquetéis molotov, machados e facas foram apreendidos nessas ações”, alega o ministro.
Yerlikaya diz que foram abertos processos legais para aqueles que atacaram a polícia. No total, mais de 1 mil suspeitos foram detidos entre 19 e 23 de março.
“Entre os capturados, indivíduos afiliados a 12 organizações terroristas diferentes foram identificados. Também foi determinado que os indivíduos detidos fossem submetidos a processos judiciais por 17 crimes diferentes, incluindo ‘Drogas, ‘Roubo’, ‘Fraude’, ‘Assédio/Exploração Sexual’ e ‘Lesão Intencional’”, publicou Yerlikjaya.
Ekrem İmamoğlu é acusado de registro ilegal de dados pessoais, suborno, fraude em licitações e apoio a uma organização terrorista. A oposição acredita que as acusações foram fabricadas com o objetivo de afastar o principal opositor do presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, da política.
Com informações de Metrópoles