
As delegações da Rússia e Ucrânia se reúnem novamente em Istambul nesta segunda-feira, 2 de junho, com o desafio crucial de negociar o término da guerra provocada pela invasão russa em fevereiro de 2022.
Após a primeira rodada de negociações em 16 de maio, também na Turquia, ter resultados modestos, com a troca de 1.000 prisioneiros de cada lado, espera-se que este novo encontro avance além do simbolismo.
A reunião ocorre em meio a tensões renovadas, após um ataque ucraniano em solo russo. Utilizando drones, a Ucrânia atingiu múltiplas bases militares, incluindo danos a caças estratégicos, de acordo com o Serviço de Segurança Ucraniano (SBU).
Durante a mesma noite, a Rússia anunciou ter derrubado 162 drones ucranianos, direcionados principalmente para Kursk e Belgorod, enquanto Kiev relatou que 80 drones russos foram lançados contra seu território.
As conversações estão programadas para o histórico Palácio de Ciragan, e já contam com a presença das delegações lideradas por Sergey Lavrov da Rússia, e Rustem Umerov da Ucrânia, ambos com agendas firmes para as negociações.
Moscou prepara-se para apresentar um “memorando” com suas condições para um acordo, rejeitando anteriormente compartilhar o documento com Kiev.
Enquanto a Ucrânia insiste em um “cessar-fogo completo e incondicional” e o retorno de prisioneiros e crianças levadas para a Rússia, Moscou recusa qualquer trégua que não aborde as “causas profundas” do conflito.
A Rússia exige a renúncia da Ucrânia ao processo de adesão à Otan e a cedência de territórios que busca anexar. Kiev, por sua vez, exige a retirada total das forças russas e garantias de segurança internacionais, incluindo proteção pela Otan, proposta rechaçada pelo Kremlin.
A guerra, em andamento por mais de três anos, já causou um número devastador de vítimas, tanto militares quanto civis. Apesar das negociações, a violência continua, com a Ucrânia relatando ter danificado quase 50 aviões russos, resultando em prejuízos avaliados em 7 bilhões de dólares.
Este ataque não apenas representa um golpe nas capacidades militares russas, mas também se destaca como um elemento simbólico na continuidade das negociações.
Com informações de IstoÉ







