Com 2.293 casos confirmados de varíola dos macacos no Brasil, o Ministério da Saúde estabeleceu nível máximo de alerta para lidar com a transmissão do vírus.

De acordo com o Plano de Contingência Nacional para Monkeypox, publicado pelo órgão no fim de semana, há três níveis classificação da emergência de saúde. A pasta adotou o último grau para responder à varíola dos macacos no país.

Nesse nível de alerta, a doença é considerada uma “ameaça de relevância nacional com impacto sobre diferentes esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), exigindo uma ampla resposta governamental”. Na prática, é uma forma de o governo avisar a todos os órgãos que a monkeypox precisa de atenção máxima.

“Este evento constitui uma situação de excepcional gravidade, podendo culminar na declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin)”, informou o Ministério da Saúde no plano de contingência.

Devido aos casos confirmados no país, a incidência de transmissão comunitária e a falta de remédios para tratar a doença, a pasta decidiu estabelecer o nível máximo de alerta.

Ações

“O SUS vem envidando esforços para aquisição desses insumos para a população brasileira, mas cabe destacar que, no momento, não há disponibilidade no mercado internacional de vacinas ou medicamentos para tratamento para aquisição pelo Brasil”, ressaltou o ministério.

De acordo com o Plano de Contingência, há também os níveis 1 e 2 de resposta ao vírus. No primeiro, o país não tem recursos necessários para atender casos, mas o risco ainda não é considerado significativo. O estágio exige orientação técnica e mobilização de recursos, com possiblidade de envio de equipe a locais com casos.

No nível 2, o risco é “significativo”, “superando a capacidade de resposta local, necessitando de recursos adicionais e apoio complementar da esfera federal, com envio de equipe de resposta à Emergência em Saúde Pública”.

Casos

De acordo com o boletim mais recente do Ministério da Saúde, divulgado na segunda-feira (8/8), o Brasil tem 2.293 casos confirmados e 2.363 casos suspeitos da doença.

São Paulo é a unidade federativa com o maior número de registros, sendo 1.636 casos confirmados e 608 suspeitos. Em seguida no ranking aparecem o Rio de Janeiro (253 casos confirmados), Minas Gerais (101) e Distrito Federal (92).

Além disso, o país já computou uma morte pela doença. A vítima era um homem de 41 anos, que tinha várias comorbidades e lutava contra um câncer. Ele faleceu em Belo Horizonte, capital mineira, no mês de julho.

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