Apesar de ter uma novíssima Lei Geral de Proteção de Dados, o Brasil está vivendo surto de vazamentos de informações que atingem virtualmente todos os moradores do país, além de milhares de pessoas mortas. O site especializado Tecnoblog noticiou nesta sexta-feira (22/1) que, além de nome e CPF, 223,7 milhões de brasileiros tiveram expostos em um fórum acessível pela busca do Google seus endereços, empregos, salários, telefones, históricos de crédito e até fotos do rosto.

Para acessar ao pacote de dados mais sensíveis, os interessados precisam pagar para quem disponibilizou o arquivo entre US$ 0,75 e US$ 1 por CPF. Os hackers exigem pagamento em Bitcoin, moeda digital difícil de rastrear.

Para ter acesso a um arquivo que tem “apenas” nome e CPF de 223,7 milhões de pessoas, porém, não é preciso pagar nada.

Ainda de acordo como Tecnoblog, ambos os vazamentos parecem ter sido compilados em agosto de 2019. O mais completo tem informações como a universidade que a pessoa se formou e se ela tem cheques sem fundo na praça, além dos números de todos os documentos pessoais, como Título de Eleitor e Carteira de Habilitação.

O site indica que um dos arquivos diz ter como fonte a empresa de ranqueamento de crédito Serasa Experian, que negou: “Estamos cientes de alegações de terceiros sobre dados disponibilizados na dark web; conduzimos uma investigação e neste momento não vemos nada que indique que a Serasa seja a fonte”, disse a empresa, em comunicado.

Os dados, porém, não estão na dark web ou deep web, como indicou a empresa, mas na internet aberta mesmo, ao alcance dos sites de busca.

Vazamento no Ministério da Saúde

Em novembro de 2020, um vazamento de dados do Ministério da Saúde deixou expostos por quase um mês dados de ao menos 16 milhões de brasileiros que tiveram diagnóstico suspeito ou confirmado de Covid-19. Os dados foram publicados por um funcionário do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, e incluiam informações pessoais e médicas de anônimos e famosos, como o governador paulista João Doria (PSDB) e o presidente Jair Bolsonaro. (Com informações de Metrópoles)

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