A denúncia de que o governador interino David Almeida (PSD) demitiu cerca de 50 servidores da Superintendência de Habitação do Amazonas (Suhab) por se negarem a fazer campanha para sua candidata ao governo estado, a ex-superintendente da Suframa Rebecca Garcia (PP), foi parar em nota do Radar On-line da revista Veja com o título “Governador demite quem não faz campanha para aliada”.
David, foi denunciado ao Ministério Público Estadual pelos servidores públicos que afirmam que num ato de perseguição, o governador demitiu as pessoas e para ocupar as vagas colocou filhos de pastores evangélicos. Na denúncia ao MP os funcionários afirmam que até quem estava de férias e de licença maternidade pegou a conta da Suhab.
Os servidores que o caso ao procurador geral de Justiça, Fábio Monteiro disseram que o expediente de trabalho está se encerrando às 16h e os funcionários são obrigados a irem para a caminhada de Rebecca Garcia. Quem não cumprir está ordem é demitido.
Mas não foram apenas os servidores que foram demitidos por David Almeida, o governador resolveu exonerar ainda a superintendente da Suhab, a procuradora Hindra Bessa, colocou no lugar dela o coronel Polícia Militar, Nilson Cardoso.
Os servidores demitidos relataram que foram colocadas também pessoas desqualificadas para a função. Waleska Alcântara de Castro, nomeada chefe do Departamento de Serviços Sociais (Prosamim e Suhab), não seria assistente social e nem teria curso superior.
Na denúncia consta ainda que está sendo feito um novo cadastro de pessoas para receber casas, num processo estritamente eleitoreiro (troca de voto).
“As exonerações têm cunho estritamente político (eleitoreiro), dado que, possivelmente, estão sendo distribuídos cargos na Suhab como moeda no sentido de que esses indivíduos, que lá foram colocados trabalharão nas eleições governamentais, em troca dos cargos recebidos no referido órgão”, diz trecho da denúncia protocolada pelos servidores no MP.
As demissões estão acontecendo desde o dia 10 de junho, tão logo David Almeida assumiu o cargo de governador, interinamente.
