Ao longo do ano passado, médicos do mundo inteiro reforçaram a importância de usar máscaras, manter o distanciamento social e higienizar as mãos com frequência para evitar a transmissão do novo coronavírus. Agora, vem ganhando espaço a indicação sobre manter uma boa circulação do ar natural nos ambientes como medida preventiva contra a Covid-19.

Estudos feitos durante a pandemia mostraram maior risco de transmissão em ambientes fechados, onde não há renovação do ar. Um dos primeiros alertas surgiu a partir do estudo de caso sobre um restaurante em Pequim, onde pessoas de três famílias diferentes foram contaminadas devido ao fluxo do ar-condicionado.

Em outubro de 2020, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, confirmou que o coronavírus pode se espalhar pelo ar e indicou que as transmissões desse tipo – via aerossóis – ocorreram dentro de locais fechados com ventilação inadequada.

Os aerossóis são mais leves e, portanto, ficam mais tempo suspensos no ar, isso faz com que se propaguem por uma distância maior. As gotículas, por sua vez, são mais pesadas e caem no chão mais rapidamente.

Os médicos têm reforçado que um ambiente bem ventilado, com corrente de ar natural, diminui as chances de contágio do vírus Sars-CoV-2 caso haja alguém contaminado no local. “Sob as mesmas condições, é muito melhor estar em um ambiente aberto ou que tenha a renovação do ar. Quanto mais janelas abertas, mais você reduz a carga viral do ambiente”, explica Ana Helena Germoglio, infectologista do Hospital Águas Claras.

A especialista lembra, entretanto, que o fato de estar ao ar livre não reduz a zero o risco de transmissão. “Os cuidados continuam valendo, um dos mais importantes é evitar reuniões que oportunizem o contágio. Não é porque a pessoa está em um parque que ela pode fazer uma festa de aniversário. Neste período, o mais prudente é ficar próximo apenas daqueles com quem já se convive”, lembra Ana Helena. (Metrópoles)

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