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O vereador Paulo Henrique (MDB), afastado do cargo pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) por indícios de ligação com a facção Comando Vermelho (CV), escapou da cassação mesmo com Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá tendo se manifestado favorável à perda do mandato.

Ele chegou a ser preso no âmbito da Operação Pubblicare, desdobramento da Operação Ragnatela.

Com o final da legislatura no dia 31 de dezembro, o processo contra o vereador que não foi reeleito perde objeto sem ter sido levado ao plenário, que poderia deliberar pela cassação ou não do mandato. Assim, sua elegibilidade está mantida.

Em diversas entrevistas, Chico alegou que possuía dúvidas sobre o relatório, visto que  Paulo Henrique  não havia apresentado sua defesa e estaria de impendido de comparecer à Câmara para se defender  devido à cautelares impostas pela Justiça.

Diante deste cenário de “desconfiança”, Chico remeteu o relatório à Procuradoria da Câmara para a emissão de um parecer técnico. No entanto, o documento não foi produzido  e consequentemente, o caso abafado.

Mesmo com fortes indícios e pedido de indiciamento de Paulo Henrique pelo Ministério Público Estadual (MPE)  por corrupção e organização criminosa, Chico tratou de “blindar” o amigo.

Segundo a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (Ficco/MT) Paulo Henrique seria responsável por atuar em benefício do grupo na interlocução com os agentes públicos, recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros.

Fizeram parte da Comissão de Ética os vereadores Rodrigo Arruda e Sá (PSDB) como presidente, Wilson Kero Kero (PMB) como membro, e Kássio Coelho (Podemos), como o relator da processante.

No final, o processo “terminou em pizza”  e Paulo Henrique  encerra o mandato sem qualquer tipo de punição mesmo, supostamente, tendo usado o cargo para obter vantagens ilícitas e forte favorecimento ao CV.

Com informações de RD News

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