
O jornalista do Portal Online Multimídia, Melk Santos, foi expulso na noite desta terça-feira (14), do plenário da Câmara Municipal de Itacoatiara, pelo vereador Hygor Magalhães (DC).
O incidente ocorreu durante a votação do arquivamento do pedido de cassação do vereador Ney Nobre (MDB), condenado a mais de 10 anos de prisão em regime fechado.
Hygor, interrompeu o jornalista quando ele tentou rebater declarações consideradas ofensivas à categoria.
“Eu peço que você se retire, senão será algemado”, afirmou o vereador.
Melk Santos foi escoltado por seguranças até a saída do prédio e a Polícia Militar foi acionada para reforçar a segurança no local.
Durante a sessão, Hygor Magalhães teria ocupado a tribuna para criticar veículos de comunicação, afirmando que a população “não deve acreditar em tudo que se lê em portais e transmissões ao vivo”.
“Hoje qualquer um abre um portal e dá como verdade. Quer saber como anda o procedimento? Que venha a esta Casa e assista”, declarou.
Melk Santos às declarações do parlamentar, mas foi impedido de continuar. Em vídeo publicado nas redes sociais, o jornalista disse ter se manifestado por considerar o discurso uma afronta à liberdade de imprensa.
“Quando ele citou portais, eu pedi a palavra. Foi quando o presidente disse: ou você fica calado ou sai da Câmara. Eu respondi que quem manda é o povo, não os vereadores”, relatou o repórter.
A comportamento do vereador repercutiu em Itacoatiara e foi por colegas parlamentares e profissionais de imprensa. O vereador Daniel Mendonça (MDB) lamentou o ocorrido e destacou o papel essencial do jornalismo na fiscalização do poder público.
Em nota conjunta, portais de comunicação do município repudiaram o comportamento de Hygor Magalhães, classificando o ato como tentativa de intimidação e violação à liberdade de imprensa, garantida pela Constituição Federal.
“Os profissionais de comunicação têm o direito e o dever de acompanhar as ações dos poderes públicos. Atitudes como a ocorrida ferem os princípios democráticos e não podem ser naturalizadas”, diz o documento.










