
O vereador de Maués, Franmartony Firmo, beirou às raias da leviandade ao declarar nesta quinta-feira, 05, que o não funcionamento do R X do Hospital Raimunda Francisca Dineli da Silva, o “Dona Mundiquinha”, é culpa exclusiva da atual gestão municipal.
“Macaco não olha o rabo”, diz o ditado popular. Franmartony Firmo não só falseou a verdade, com fantasias geradas na empolgação (delírio) do primeiro mandato para ocultar a verdadeira responsabilidade pelo estrago produzido à saúde nos anos em que esteve à frente do hospital e da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).
Um breve passeio no túnel do tempo é possível entender que o sucateamento do aparelho de R X é apenas um detalhe em meio ao caos da saúde produzido durante a gestão de Franmartony Firmo.
Além do desleixo com o aparelho do aparelho, adquirido há 25 anos e considerado imprestável (perda total) pela empresa responsável pela manutenção, o túnel do tempo detalha, por exemplo, o tamanho do menosprezo do vereador em relação ao prédio do Programa Nacional de Imunização (PNI), usado para garantir à população do município acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde.
O prédio está caindo aos pedaços. E isso, ao contrário das inverdades decantadas pelo parlamentar, não é conversa para boi dormir.
Com tanto recurso disponível para a manutenção e fortalecimento da saúde em Maués, carreado por diversas fontes, como as emendas parlamentares, o ex-secretário de saúde nada fez para garantir o funcionamento do R X, e evitar que prédio do PNI fosse transformado em ruídas.
Em oito anos – somente para a área da saúde -, os cofres do município bamburrados com R$ 300 milhões. Nem por isso, o prefeito Junior Leite e o seu secretário de Saúde, Franmartony Firmo, conseguiram, sequer, recuperar o motor do PNI e lancha de resgate do órgão.
Somente no ano passado, o setor recebeu 24 milhões de emendas parlamentares, recurso que poderia comprar centenas de R X, recuperar o prédio do PNI, a lancha de resgate e ainda sobraria dinheiro para outras necessidades.
“O problema do Raio X não é de hoje. Ano passado minha mãe deixou de ser atendida porque o aparelho não funcionava. Por que não compraram outro? Recurso foi que não faltou”, questiona o vereador Leonardo Moreira (PSD).