O vereador Rosinaldo Bual (Agir) chegou preso, na manhã desta sexta-feira (3), ao 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), no bairro Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus, em uma viatura da Polícia Civil. Visivelmente incomodado, o parlamentar se recusou a falar com a imprensa e, ao desembarcar, chegou a empurrar um repórter que tentou entrevistá-lo, em uma reação considerada grosseira diante das perguntas sobre sua prisão.

Bual e sua chefe de gabinete, identificada como Luzia Seixas Barbosa, 49 anos, foram presos preventivamente durante a operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amazonas (MP-AM). A ofensiva investiga um suposto esquema de rachadinha envolvendo servidores e recursos da Câmara Municipal.

Materiais apreendidos

No cumprimento dos mandados judiciais, os agentes apreenderam três cofres — um na casa do vereador, outro na residência da mãe dele e o terceiro em um sítio de sua propriedade — além de uma arma de fogo e  diversos aparelhos eletrônicos, todos encaminhados para o GAECO.

A operação também teve como alvo o gabinete de Bual na Câmara Municipal de Manaus (CMM). Em nota oficial, a Casa Legislativa confirmou a presença do Gaeco e afirmou colaborar com as investigações.

Veja a nota na íntegra: 

A Câmara Municipal de Manaus (CMM) informa que o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), esteve na Casa Legislativa na manhã desta sexta-feira, 3 de outubro, para a realização de diligências nas dependências de um gabinete parlamentar. 

No âmbito de suas atribuições, a CMM reitera seu compromisso com a transparência, a legalidade e a colaboração com os órgãos de controle e fiscalização. 

A CMM seguirá à disposição das autoridades competentes.

Investigação em andamento

O Gaeco cumpriu 17 mandados de busca e apreensão  dois de prisão durante a operação. As autoridades ainda não divulgaram todos os detalhes do inquérito, mas confirmaram que a investigação envolve movimentações financeiras suspeitas, que reforçam a suspeita de prática de rachadinha.

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