Na manhã desta terça-feira (27/04), um dia após a morte de Antônio Costa da Silva e Luís Afonso, vítimas do desabamento em obra no bairro da Compensa, o vereador Sassá da Construção Civil realizou visita no local do acidente e conversou com o Fato Amazônico.
“Hoje tem obras em Manaus, que eu como representante do Sindicato, vou lá e notifico. Mas a gente não tem poder de embargar as obras e nem força policial. Hoje não tem um fiscal do Ministério Público do Trabalho nas ruas e são mais de 50 obras irregulares no município.”, afirmou Sassá, que constantemente recebe denúncias sobre o assunto.
O vereador acredita que há aumento no número de obras clandestinas, devido a falta de fiscalização:
“Algumas empresas trabalham com lucro, ela não quer assinar a carteira, não quer dar o vale transporte, quer pagar por diária; e pela lei, o trabalhador tem que ter carteira assinada. Não são só duas mortes, são mais de 5 mortes recentes. Pessoas com sequelas de acidentes e o sindicato denuncia, mas não tem fiscal, não tem poder [pra embargar].

O vereador se comprometeu em entrar em contato com as famílias e prestar suporte após a perda dos familiares. Além disso, deseja montar uma Comissão para realizar visita aos canteiros das obras e mostrar as irregularidades existentes, como falta de EPI, trabalhadores irregulares, entre outros, evitando assim, mais mortes e acidentes na Construção Civil.
Também há planos para a realização de uma audiência pública com a Sinduscon, representantes do Ministério Público do Trabalho e órgãos municipais, para saber o motivo de não estarem atuando na fiscalização dessas obras.
Entenda
Forte chuva em Manaus destelha casas e deixa mortos após desabamento em obra na Compensa










