Segundo a assessoria de Mourão, o vice, que é general da reserva, não recebeu convite para participar do evento.
O colunista do Metrópoles Igor Gadelha apurou que auxiliares do vice, alguns deles militares, viram como “inoportuno” o desfile e o aconselharam a não participar do evento.
Durante o desfile, foi entregue ao presidente Jair Bolsonaro um convite para a Operação Formosa, realizada como treinamento das Forças Armadas. Apesar de a formação ocorrer anualmente desde 1998, foi a primeira vez que os tanques passaram pelo centro de Brasília.
O evento é alvo de críticas por ser realizado no mesmo dia em que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), marcou a votação, em plenário, da proposta de emenda à Constituição (PEC) do Voto Impresso, bandeira de Bolsonaro. A proposta tem altas chances de ser rejeitada.
Senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 também criticaram o ato. O presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), iniciou a sessão do colegiado repudiando o desfile de tanques e militares nos arredores do Congresso Nacional, na manhã desta terça-feira (10/8). Aziz resumiu o episódio como “cena patética” e “golpista”.
O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), classificou como “patética demonstração de fraqueza” o desfile militar apoiado pelo presidente. Nas palavras do senador, o evento é “mais patético que aqueles desfiles de Kim Jong-Un lá, em Pyongyang, na Coreia do Norte”.