“Vida cara”: falsa prostituta é presa por extorquir mais de 30 homens

Nas publicações, exibia viagens, danças sensuais e declarações sobre sua rotina glamourosa. Em uma delas, aparece de biquíni em uma moto aquática com a legenda: “Gosto muito dessa vida cara”.

Golpe

O esquema era dividido em fases. Primeiro, perfis falsos de acompanhantes eram espalhados pela internet. Quando um homem entrava em contato, iniciava-se uma conversa com tom sedutor. A suposta garota de programa então pedia que a vítima enviasse fotos íntimas ou vídeos se masturbando.

Depois do “flerte”, entrava em ação o terror psicológico: alguém do grupo se passava por miliciano ou cafetão, afirmando que a vítima havia “furado” o encontro e causado prejuízo às prostitutas. Com dados pessoais em mãos — como endereço, nome de familiares e até fotos dos filhos — os criminosos exigiam o pagamento de taxas que variavam de R$ 600 a R$ 3,5 mil.

Durante as investigações da 17ª DP (São Cristóvão), a Polícia Civil encontrou um manual de extorsão, batizado de “Golpe das P* Extorsão”. O arquivo ensinava o passo a passo do golpe — desde a criação dos perfis falsos até o descarte do chip usado nas ameaças.