Goiânia – A Polícia Civil de Goiás prendeu um grupo suspeito de aplicar golpes milionários por meio de registro de falsas empresas de financiamento e consórcio, na capital. De acordo com a investigação, alguns suspeitos ostentavam, nas redes sociais, carros de luxo e festas para comemorar recordes em dinheiro captado dos clientes. Eles também exibiam armas.
As prisões foram realizadas na terça-feira (23/8), em Goiânia. Foram presos dois coordenadores, três captadores e uma pessoa que atuava como auxiliar na parte financeira. De acordo com a polícia, os líderes ficaram em silêncio durante o depoimento, e os demais investigados admitiram envolvimento com o golpe. Os nomes deles não foram divulgados.
Segundo a Polícia Civil, os suspeitos prometiam dar o valor total do bem que a vítima queria comprar, como carros, pegavam valores como entrada e fechavam os escritórios, em seguida. A equipe de investigação suspeita que mais de 100 pessoas tenham sido vítimas do grupo.
De acordo com a polícia, os investigados vão responder por estelionato e associação criminosa depois de abrirem cinco empresas, em Goiás, no período de um ano e meio. Os escritórios eram elegantes, e os responsáveis faziam anúncios em redes sociais.
“A pessoa procurava a empresa, por exemplo, querendo comprar um carro de R$ 100 mil. Os captadores faziam ela assinar documentos e perguntavam quanto ela tinha. A pessoa respondia o valor, às vezes R$ 20 mil, R$ 30 mil, e eles ficavam com esse valor como entrada”, disse o delegado Guilherme Conde.
Fechamento
Depois que pegava valores de uma determinada quantidade de pessoas, o grupo fechava a empresa, ficando com todo o dinheiro. Em seguida, de acordo com a investigação, abriam uma nova companhia, com nome, endereço e titularidade diferentes, para continuar aplicando o golpe.
Nas redes sociais, os investigados chegaram a publicar uma foto comemorando que tinham “quebrado recordes” após conseguir R$ 2 milhões das vítimas. Também na internet, segundo a polícia, um dos líderes postou fotos com várias armas. Eles também tinham veículos de luxo.
A polícia informou que ainda calcula estimativa do valor total dos golpes aplicados pelo grupo.
O Metrópoles não encontrou contato da defesa dos suspeitos, já que os nomes deles não foram divulgados pela polícia, conforme proíbe a Lei de Abuso de Autoridade. No entanto, o espaço segue aberto para manifestações.