
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito da morte da biomédica Miquéias Nunes de Oliveira, de 33 anos, assassinada pelo ex-companheiro Renê Teixeira, 43, no dia 10 de março, dentro de uma clínica de estética em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG).
Renê foi preso em flagrante no dia do crime e relatou aos agentes que não aceitava a separação proposta pela ex-esposa e que vinha tentando, havia quatro meses, reatar com ela.
O suspeito usou um canivete para matar Miquéias e foi encontrado pela polícia ao lado do corpo da biomédica. O vídeo do ocorrido foi divulgado pela PCMG nesta quarta-feira (19/3).
A polícia foi acionada por volta de 15h05 do dia 10 de março e Miquéias foi encontrada já morta no interior da clínica. “Ele próprio [ex-marido] confirmou que não aceitava a separação, que por diversas vezes, nesses quatro meses, procurava pela vítima no intuito de reatar a relação, pressionando-a para voltar, mas ela estava decidida em seguir a vida”, relata o delegado Welington Faria.
Renê e a biomédica teriam se conhecido em 2017 e se casaram em 2020, conforme o relatado por ele na delegacia. Em função do desgaste da relação, ela pediu para se separar no final do ano passado.
Semanas antes do crime, no entanto, segundo a investigação, o ex-marido teria ficado sabendo que ela já estava com outra pessoa e, por isso, resolveu procurá-la na clínica onde ela trabalhava.
O crime foi cometido na presença de outras duas mulheres que estavam no local e saíram correndo, após a ação de Renê. “Ele não se preocupou com isso”, diz o delegado. Uma delas, ao sair, trancou o portão para que o homem não fugisse.
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Polícia rechaça versão de suicídio
O assassino foi encontrado pelos agentes deitado ao lado do corpo da vítima, com sinais de ferimento e manchas de sangue na roupa. Ele relatou que teria tentado se matar, após cometer o feminicídio, mas a investigação concluiu que, na verdade, ele só decidiu se ferir, após perceber que não conseguiria fugir do local.
A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva e Renê encontra-se internado no Hospital Municipal de Contagem sob escolta policial. “O estado de saúde dele é estável. Ele só segue no local porque cortou alguns tendões, na tentativa de cortar o pulso, e aguarda cirurgia”, explica o delegado.
Com informações de Metrópoles