FOTO: Eduardo Prado/FVS-RCP

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) divulga, nesta quinta-feira (10/10), o boletim com a Situação Epidemiológica da Violência Autoprovocada e Suicídio no Amazonas. O instrumento está disponível em fvs.am.gov.br

A partir da divulgação dos dados, a FVS-RCP, instituição da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), visa subsidiar ações interinstitucionais de intervenção e planejamento de políticas públicas.

O boletim inclui casos de violência com grande possibilidade de resultar em danos físicos, psicológicos, deficiências de desenvolvimento e privação. Tentativas de suicídio e autoagressão estão entre as violências inclusas.

Conforme o boletim, que analisa o período de 2023, foram registrados 761 casos de lesões autoprovocadas de janeiro a dezembro de 2023, sendo 61,6% das notificações registradas em mulheres e 31,8% na faixa etária de 20 a 29 anos.

A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destaca a importância de se abordar a prevenção do comportamento suicida ao longo do ano, e não somente em setembro. “É preciso atuar, de forma integrada, na sensibilização dos serviços e profissionais, e da sociedade, para a seriedade do trabalho de prevenção ao suicídio e das violências autoprovocadas”, disse.

O boletim foi consolidado pela Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (GVDANT), por meio da Coordenação de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva), em parceria com o Núcleo de Sistema de Informações (Nusi) e a Assessoria de Análise de Situação de Saúde da FVS-RCP, com base em dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).

A coordenadora do Viva na FVS-RCP, Cassandra Torres, acrescenta que a divulgação da situação epidemiológica é feita para promover a saúde pública.

“É papel da vigilância em saúde promover a comunicação responsável dos dados epidemiológicos e estimular a construção de intervenções intersetoriais voltadas à prevenção, promoção da saúde e da cultura de paz, entendendo que o comportamento suicida se explica principalmente pela mediação com o social e não somente pela relação com os transtornos mentais”, ressalta Cassandra.

Violência autoprovocada

Em 2006, o Sistema Único de Saúde (SUS) implantou o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva). Em 2011, a violência passou a integrar a Lista Nacional de Doenças e Agravos de notificação compulsória, e, em 2017, as notificações compulsórias de tentativas de suicídio tornaram-se imediatas (em até 24 horas do conhecimento do fato).

Artigo anteriorDe dentro do furacão Milton, drone grava imagens de ondas com 8m. Veja
Próximo artigoWilker Barreto exige esclarecimentos da Aneel sobre dívida de R$ 14 bilhões da Amazonas Energia e possível aumento nas tarifas dos consumidores