
A visita técnica ao Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia) e ao Centro de Integração e Aperfeiçoamento em Polícia Ambiental (CIAPA) marcou, nos dias 7 e 8 de novembro, o encerramento da 36ª Reunião do INTERPOL Wildlife Crime Working Group (WCWG), grupo que reúne especialistas de todo o mundo no enfrentamento aos crimes ambientais.
Promovida a convite das Diretorias de Amazônia e Meio Ambiente (DAMAZ/PF), de Ensino da Polícia Federal (DIREN/PF) e da Superintendência Regional da PF no Amazonas (SR/PF/AM), a atividade contou com a presença de representantes da INTERPOL, UNODC, The Royal Foundation, além de acadêmicos, membros do terceiro setor e integrantes do próprio grupo de trabalho da INTERPOL.
Desde 2023, o Brasil ocupa a vice-presidência do INTERPOL WCWG, com o agente federal Demian Mikejevs Calca, da DAMAZ/PF, representando o país. A participação reforça o papel do Brasil nas articulações globais de combate aos crimes contra a fauna e flora, consolidando a liderança da Polícia Federal em ações de cooperação internacional na Amazônia.
Durante a visita ao CCPI Amazônia, os participantes conheceram as instalações do centro, que também abriga o Centro de Coordenação da PF para a COP30. O coordenador do CCPI, Paulo Henrique Oliveira Rocha, apresentou os resultados da Operação Boiuna, que inutilizou quase 300 dragas utilizadas na extração ilegal de minério no Rio Madeira.
Rocha também destacou o uso da plataforma Brasil MAIS, que utiliza monitoramento via satélite como ferramenta estratégica no enfrentamento a crimes ambientais, fortalecendo o sistema de inteligência da PF na Amazônia.
No CIAPA, os visitantes acompanharam demonstrações sobre o uso de isótopos em investigações de crimes contra a flora e os mecanismos de controle da produção florestal no Brasil. O Perito Criminal Federal José Haroldo de Oliveira ressaltou a importância da integração entre instituições acadêmicas e órgãos ambientais, cuja atuação é essencial para aprimorar as técnicas periciais e ampliar o alcance das investigações.
O Chefe do CIAPA, Demetrius Luiz dos Santos Bernal, conduziu as apresentações e destacou a importância do conhecimento científico da floresta. Em uma atividade de campo, os participantes internacionais puderam degustar frutas nativas amazônicas, em uma experiência cultural que destacou a biodiversidade regional.
O encerramento da visita contou com a participação do Coordenador-Geral de Polícia de Repressão a Crimes Ambientais, Renato Madsen Arruda, que apresentou as atribuições da DAMAZ e das Delegacias de Meio Ambiente (DMAs). Já o Superintendente Regional da PF no Amazonas, João Paulo Garrido Pimentel, reforçou o compromisso da instituição com a cooperação internacional e colocou o CIAPA à disposição para treinamentos e missões conjuntas com parceiros nacionais e estrangeiros.
A iniciativa reafirma o papel estratégico do Brasil na proteção da biodiversidade amazônica e destaca o fortalecimento da integração entre forças policiais, instituições científicas e organizações civis no combate aos crimes ambientais.










