Em tempos de pandemia e surgimento de novas doenças é importante que a população esteja protegida e com seus índices de saúde controlados. Vários estudos pelo mundo têm mostrado o papel fundamental da vitamina D na modulação da imunidade inata, que é o sistema de defesa, ela faz parte de todo um processo de tratamento e prevenção, inclusive, de doenças autoimunes.
A nutricionista do Hapvida Saúde, Renata Vieira, explica que a vitamina D é um micronutriente que desempenha papel fundamental no sistema imunológico. “Dentre as várias funções no corpo, essa substância auxilia na absorção de cálcio e tem papel importante no equilíbrio do açúcar no sangue. Isto é, atua como um hormônio multifuncional, já que diversas células e tecidos possuem receptores para síntese da vitamina”, afirma.
Estudos científicos revelam que a vitamina D oferece proteção contra doenças respiratórias e fortalece o sistema imunológico. Outro alerta veio da Organização Mundial da Saúde (OMS), que a deficiência da substância pode diminuir a imunidade, pois ela desempenha um papel de imunomodulação, aumentando as defesas das mucosas.
Prevenção
A nutricionista também destaca que embora seja chamada de vitamina, a substância é um pró-hormônio, ou seja, dá origem a vários hormônios importantes para o corpo. Ela também está presente em alimentos — principalmente peixes de água fria –, mas sua concentração neles é muito pequena, o que dificulta atingir as necessidades diárias.
A falta de vitamina D no organismo pode aumentar o risco de problemas cardíacos, osteoporose, alguns tipos de câncer, gripes e resfriados e doenças como esclerose múltipla e diabetes. Em mulheres grávidas, a deficiência de vitamina D pode aumentar o risco de parto prematuro e favorecer a pré-eclâmpsia.
Para garantir níveis adequados de vitamina D, com base nas recomendações do Ministério da Saúde, a especialista alerta que além de consumir os alimentos que são fontes dessa vitamina, a exposição solar com os devidos cuidados deve ser mantida.
“Para que a formação da vitamina D no organismo seja adequada é necessária a exposição solar de, no mínimo, 15 minutos diários, de preferência entre 10h e 14h, momento de maior presença dos raios UV, responsáveis por ativar o metabolismo de formação da vitamina D a partir da pele, com pelo menos os braços descobertos – quanto maior a área de exposição do corpo à luz solar melhor -, sem o uso de protetores solares, que dificultam a ativação das vias metabólicas de formação da vitamina D”, explica Renata.
O déficit de vitamina D é confirmado por meio de exames de sangue específicos. De acordo com a OMS, há insuficiência quando a concentração é menor do que 30 ng/ml. Valores abaixo de 10 ng/ml são classificados como insuficiência grave. Dosagens iguais ou superiores a 30 ng/ml estão na faixa da normalidade, cujo limite máximo é 100 ng/ml.
Vitamina D nos alimentos:
1 colher (sopa) de óleo de fígado de bacalhau — 227% da quantidade diária recomendada;
85 g de salmão cozido — 75% da quantidade diária recomendada;
85 g de atum enlatado com água — 26% da quantidade diária recomendada;
85 g de fígado de boi cozido — 7% da quantidade diária recomendada;
1 ovo grande (com gema) — 7% da quantidade diária recomendada;
Para aqueles casos em que a combinação de exposição solar e alimentação não é suficiente, a nutricionista explica que é possível fazer uso de suplementos de vitamina D.
“A melhor forma de suplementar a vitamina D no organismo é por meio de fórmula farmacêutica, em cápsulas ou em óleo, o qual tem uma excelente absorção pelo corpo. Além disso, a vitamina também pode ser ingerida com fontes de gordura, ou seja, após uma refeição, conforme recomendação médica”, garante Renata.