A empresária Márcia Aoki, viúva de Pelé

A batalha judicial em torno do testamento do lendário jogador de futebol Pelé ganha novos capítulos, desta vez com a empresária Márcia Aoki, viúva do astro do esporte, acusando o responsável pelo testamento, José Fornos, conhecido como Pepito, de tentar enriquecer de maneira injustificada. Diz a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.

O processo, em tramitação na Justiça de São Paulo desde o ano passado, teve seu último desdobramento em junho, quando Márcia Aoki contestou veementemente a solicitação de Pepito para receber a remuneração máxima de 5% do valor da herança, conforme estipulado pela legislação. A taxa prevista varia entre 1% e 5% da herança líquida.

Márcia Aoki argumenta que Pepito, que foi empresário e assessor de Pelé por 40 anos, não desempenhou suas obrigações como testamenteiro no processo, classificando seu pedido de remuneração máxima como “absurdo e irrazoável”. Além disso, destacou que o ex-assessor não iniciou as etapas obrigatórias do processo sucessório, forçando a família a acionar a Justiça para dar início ao processo.

A viúva de Pelé conta com o apoio de pelo menos três dos filhos do ex-jogador – Joshua, Celeste e Gemima – que endossaram as críticas à postura de Pepito no processo. Em suas declarações, Márcia Aoki acusa o testamenteiro de tentar enriquecer “à custa do espólio” sem ter cumprido qualquer obrigação relacionada ao processo.

A defesa de Pepito, por sua vez, alega que o valor da remuneração ainda não foi analisado pela Justiça e destaca que o ex-assessor se recusou a assinar um documento enviado por Márcia, no qual abriria mão de qualquer reivindicação. O advogado Victor Hadid, representante de Pepito, enfatiza que a discussão sobre o valor da remuneração está longe de começar, e ressalta que o próprio Pelé nomeou o inventariante.

A defesa de Márcia Aoki, através do advogado Luiz Kignel, afirma que questionou o percentual da remuneração máxima pedida por Pepito, mas o juiz decidirá sobre o assunto no curso do inventário. Kignel argumenta que não concordam com o valor máximo devido à falta de participação do testamenteiro no processo até o momento.

O impasse promete continuar, deixando em suspense a definição sobre a remuneração do testamenteiro e lançando luz sobre as responsabilidades que ele teria ou não cumprido até o momento no processo sucessório de Pelé.

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