O ditado popular “quanto mais tenta se explicar, mais se enrola”, se aplica bem ao atual momento vivido pelo presidente do Boi-Bumbá Garantido, Antônio Andrade, em treta com o levantador de toadas, Sebastião Jr. A chama da fogueira, não mais a de São João Batista, continua bem acesa n Baixa de São José com a lavação de roupa suja após o desmonte artístico que culminou com a derrota para o Boi Caprichoso no 55º Festival Folclórico de Parintins.
Sebastião Jr, mais uma vez, colocou em xeque as palavras do presidente que é pressionado por sócios a pedir renúncia do cargo por insatisfação da nação vermelha e branca com o Boi Garantido pequeno apresentado na arena do Bumbódromo, além das suspeitas de irregularidades com a aplicação dos recursos de patrocinadores. O clima voltou a se acirrar entre ambos, quando Antônio Andrade, em um vídeo, disse que o levantador de toadas estaria com problema vocal.
Sebastião Jr rompeu o silêncio e não tolerou a inabilidade do presidente do Garantido em gerir a crise instaurada no boi de Lindolfo Monteverde com a falta de pagamento de compromissos, inclusive dos itens do bloco artístico. O levantador de toadas também esclareceu que o bumbá recebeu R$ 6 milhões no dia 12 de maio e questionou “cadê esse dinheiro?”. “Não pagou fogos, levou alegoria “escrota” pra arena”. Não pagou ninguém”, declarou.
O cantor se queixou de não ter sido atendido por Antônio Andrade no Festival de Parintins e alegou ter tido uma despesa de R$ 25 mil por conta própria. “Depois de tudo isso, você vem dizer que queria falar comigo e ainda foi dizer que foi para a apuração, porque estava me esperando para conversar? Para com isso. Quantos anos você tem? Você me respeite, Antônio. Eu não dou esse exemplo de contar mentira para minha família. Você já é velho para contar mentira”, desabafou.
O presidente também acusou o cantor de inflamar a galera para ser o único item 02. Sebastião Jr informou ter sido deixado por último para assinar o contrato com o Boi Garantido por decisão de Antônio Andrade que priorizou David Assayag, Edilson Santana e Márcia Siqueira. “Não tenho vaidade, não. Se eu quisesse ser o único levantador, eu não teria assinado contrato. Você me chamou por último, Antônio. Eu assinei, por causa do meu boi, não por você”, respondeu Sebastião Jr.
